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Uruguai será firme sobre acordo automotivo no Mercosul
Do Diário do Grande ABC
25/04/2000 | 16:06
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Embora a luta pareça desfavorável, o Uruguai vai agir "com firmeza" ante o Brasil e a Argentina para ser incluído no acordo automotivo que os dois países assinarao dentro do Mercosul, afirmou nesta terça-feirae o ministro da Indústria, Sérgio Abreu.

Nos próximos dias 2 e 3 de maio, os ministros da Indústria dos três países, e também do Paraguai, estarao reunidos.

O problema surgiu depois de um acordo de princípio entre Argentina e Brasil sobre uma política automotiva comum que, sem acordo uruguaio, querem adotar, com um aumento de 35% da tarifa que protege as indústrias de terceiros países.

Abreu disse que "em um processo de integraçao, todos os países podem assumir as mesmas obrigaçoes e os mesmos direitos, mas em matéria de integraçao há tratamentos diferentes que vigoram para os diversos graus de desenvolvimento dos países".

O ministro uruguaio se referia aos tratamentos preferenciais, como os que vigoram entre os países da Associaçao Latino-Americana de Integraçao (Aladi), que beneficiam os de menor desenvolvimento econômico relativo.

Quando lhe perguntaram se o Uruguai ficará fora do acordo automotivo, ou como negociará, o ministro respondeu que "nao é uma situaçao fácil". O fato de Argentina e Brasil se entenderem é bom, no sentido de que eles já tinham um confronto tao grave que comprometia a credibilidade no Mercosul.

Abreu salientou que esse entendimento "fez com que Argentina e Brasil atendam suas diferentes preocupaçoes de forma bilateral".

"O importante aqui é que se eles chegaram a um acordo, este deve ser estendido automaticamente ao Uruguai e ao Paraguai", disse o ministro. "Neste caso, o Uruguai nao aceita esse tipo de acordo porque prejudicaria seus interesses industriais", enfatizou Abreu.




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