Política Titulo Mauá
Munícipes lotam plenário durante sessão de pedido de impeachment de Atila
Caroline Garcia
Do dgabc.com.br
16/01/2019 | 18:18
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Chegou a faltar espaço para todos os munícipes que foram até a Câmara de Mauá acompanhar a votação do pedido de impeachment do prefeito afastado Atila Jacomussi (PSB) nesta quarta-feira (16). A sessão foi longa, começou às 10h15 e acabou por volta das 14h30, e aprovou dois requerimentos contra o socialista.

Na primeira fila, o montador Odair Rios da Silva, 40 anos, chegou cedo, às 9h45. “Achei que o resultado foi o certo. O rapaz (Atila) já tinha tido uma intercorrência no meio do ano (ficou preso durante 36 dias no âmbito da Operação Prato Feito), voltou e acabou caindo de novo. E enquanto os políticos discutem, o cidadão, que é quem paga os impostos, fica na mão. A cidade está completamente abandonada. A sensação que dá é que Mauá está paralisada.”

Antonio de Oliveira Santos, 40, que está desempregado, também vê a população como a parte que mais sofre nessa transição de governo. No entanto, ele não concorda com a aprovação do pedido de impeachment. “Mal ou bem, Atila construiu os serviços que a cidade tem hoje. Acho que quem faz tem que pagar, mas primeiro é preciso provar que ele foi o culpado do que está sendo acusado. Minha esperança é chegar 2020 para termos novas eleições municipais que possam renovar nosso quadro político.”

De pé, no fundo do plenário, o aposentado Lorenço Rocha, 66, chegou no meio da sessão para saber qual seria o desfecho. “Não costumo assistir, mas hoje resolvi vir porque era um dia especial. O resultado, para mim, já era mais ou menos esperado. Sei da dificuldade financeira do município, mas espero que este governo que entrou agora consiga mudar alguma coisa para melhor, principalmente na área da saúde, que está um caos.”

Representando o coletivo Juventude Manifesta, o estudante Marcelo Raineri, 17, achou a sessão “deveras conturbada”. “Mesmo com os vereadores também envolvidos no esquema (22 dos 23 parlamentares foram indiciados por corrupção passiva e por participarem de organização criminosa), eles não passaram pano e acataram o pedido de impeachment.”

Duas comissões diferentes foram montadas entre os vereadores para analisar dois pedidos de impeachment. Se ao final da análise, os parlamentares decidam por cassar Atila, ele será o segundo prefeito deposto da história da cidade. O primeiro foi Edgard Grecco (PTB), em 1965.




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