Luis Alfredo Garavito Cubillos, um homossexual que confessou ter matado 190 meninos, foi condenado pela justiça colombiana a 52 anos e meio de prisao. A sentença foi ditada pelo 5º Tribunal de Tunja depois de um julgamento-relâmpago pelo assassinato de uma das vítimas, um menino de 11 anos, em 1996, e a tentativa de estupro de outro menor, de 14 anos, em abril, que levou à sua captura.

O corpo do menino de 11 anos, Ronald Delgado Quintero, foi achado em Tunja, a 110 quilômetros ao norte de Bogotá, decapitado e com sinais de tortura e violaçao. Mas, foi só quando Garavito foi capturado em Villavicencio, no sul do país, depois de tentar estuprar outro garoto, é que as autoridades conseguiram esclarecer o crime.

O criminoso, de 42 anos, disse que sofreu espancamentos e foi violentado na infância e pediu perdao por seus crimes.

A promotoria o acusou de 114 assassinatos de meninos entre 8 e 16 anos, cujos corpos já tinham sido encontrados, que foram mortos em 33 municípios da Colômbia e dois do Equador. Garavito Cubillos admitiu esses crimes e acrescentou 26. Durante a investigaçao, foram acrescentadas mais 50 acusaçoes de assassinatos de meninos, também admitidas pelo réu, totalizando 190.

Garavito Cubillos trabalhava como vendedor ambulante, o que lhe facilitava o acesso aos meninos, especialmente os mais pobres, que trabalhavam ou viviam em parques ou nas ruas e que ele atraía oferecendo balas, comida, cadernos ou dinheiro.

Mas, o maior criminoso em série da Colômbia, que aparece nas estatísticas como um dos países mais violentos do mundo, ainda é Pedro Alfonso Lopez, o "Monstro dos Andes", que matou cerca de 300 pessoas, em sua maioria mulheres, entre 1960 e 1980 na Colômbia, no Equador e no Peru.