O Parque Estoril, que já foi considerado o mais completo do Grande ABC, sofre com o abandono. Algumas das principais áreas de lazer estão deterioradas. Brinquedos com madeiras estragadas e estruturas metálicas enferrujadas, além de áreas de churrasqueiras abertas sem qualquer condição de uso por causa da sujeira são alguns dos principais problemas. As péssimas condições têm afastado o público.
A Prefeitura de São Bernardo admite a existência do problema, mas a solução não será imediata. Segundo o Executivo, está previsto para o segundo semestre do ano que vem a execução de um projeto de revitalização. Devem ser gastos no parque R$ 5 milhões.
A área de playground, situada numa parte alta não oferece segurança para as crianças, tendo gangorras e balanças com armações desarticuladas e com peças desgastadas.
A falta de pintura dos quiosques espalhados pelo parque e das churrasqueiras também reforçam a impressão de abandono. Não há a mínima condição de sentar nos bancos e nem de usar os espaços para refeições, pois as construções de blocos estão trincadas e sujas.
Segundo um comerciante do local, falta vigilância e monitoramento para fiscalizar como as pessoas estão utilizando as áreas de lazer. "Não há agentes da Prefeitura por aqui. Muita gente aproveita e faz churrasco em qualquer estrutura de concreto que acha. Algumas são até cobertura de fiação elétrica. Fazem a bagunça e depois vão embora", disse o homem que trabalha no local há mais de 20 anos.
A natureza também sofre com as ações de vandalismo. Os visitantes chegam a cortar as árvores para fazer um buraco na madeira e improvisar uma churrasqueira.
"Cresci vindo nesse parque. Era bom antigamente, mas hoje não há uma área adequada para comer, banheiros para trocar as crianças e segurança. Com esse abandono, não tenho coragem nem de levar minha filha para andar no pedalinho", disse a gerente comercial Adriana Taketa, 30 anos.
Nos banheiros, os usuários ficam expostos a vários riscos de acidente, como o de tomar choque, pois a fiação dos chuveiros fica exposta. Além disso, faltam tampas nos ralos.
O teleférico, que já foi a principal atração para os visitantes, está com o maquinário sucateado. "Há algum tempo venho de São Paulo para curtir o parque, porque gosto de nadar aqui, mas sinto que precisa de mais segurança", disse a dona de casa Cícera Maria dos Santos, 27.
Mesmo com a falta de cuidados detectada no espaço, a Prefeitura de São Bernardo informou que desde janeiro tem feito reformas e intervenções emergenciais. No pacote de revitalização do ano que vem, está prevista a reativação do teleférico, o recadastramento dos permissionários (que a Prefeitura admite que trabalham de forma irregular).
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