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Vida que segue

Longa que estreia hoje nos cinemas mostra a difícil tarefa de saber quando o amor acaba

Miriam Gimenes
Do Diário do Grande ABC
25/12/2018 | 07:00
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Divulgação


Há uma crença popular de que o relacionamento, em especial o que é avalizado com o casamento, passa por crises esporádicas. E se analisarmos é fácil constatar que ele é sim permeado de altos e baixos. Tanto que é difícil para o casal saber até que ponto essas inconstâncias são normais ou quando, de fato, o amor acabou. 

O longa Minha Vida em Marte, estrelado por Mônica Martelli e Paulo Gustavo e que estreia hoje nos cinemas, se desenvolve dentro desta atmosfera. Trata-se de uma sequência de Os Homens São de Marte... E É Pra Lá Que Eu Vou, que há quatro anos atraiu cerca de 1,8 milhão de espectadores para as salas de cinema.

Dirigido por Susana Garcia, o filme conta a história da produtora de eventos Fernanda (Mônica), que junto com Tom (Marcos Palmeira) e a filha de 5 anos formam uma família feliz. Tudo corre bem até que ela começa a notar que as pequenas coisas do cotidiano, comuns na rotina de um casal, começaram a deixá-la distante do marido. Ela passa a relatar as situações para o sócio e amigo inseparável Aníbal (Paulo Gustavo).

É muito fácil, no decorrer da comédia – que mais faz refletir do que rir –, identificar as angústias da protagonista com as das amigas, parentes ou até de si mesma. Aquela história de que para que a planta (o amor) cresça é preciso que os dois reguem, que mais parece um clichê, cai perfeitamente na vida de Fernanda.

Com o apoio de Aníbal, ela começa a enxergar o que o coração não quer ver – quem nunca? – e, aos poucos, vai montando o quebra-cabeça do divórcio. Mas é claro que, até então, o luto de ver um relacionamento morrer é ‘curtido’ conforme o script: frieza do marido, visita a sex shop, tentativas de encontros apimentados que acabam em frustração, aula de crossfit para se sentir mais bonita. Tudo em vão.

Depois vem a redenção: a partir do momento em que a mulher percebe que é preciso se amar primeiro tudo fica mais fácil. Juntos, nas melhores cenas do filme – dá para notar que a sintonia entre os dois vai além das telas –, viajam para Nova York, riem e choram juntos, compram feito loucos e, ao voltarem para o Brasil, descobrem que, por muitas vezes, a amizade verdadeira é o melhor remédio para amenizar um amor mal-sucedido. E vida que segue.




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