A dramaturga e escritora Maria Clara Machado foi sepultada na tarde desta terça-feira no cemitério do Caju, zona Portuária do Rio de Janeiro. Cerca de 150 pessoas acompanharam o enterro. A autora morreu na noite de segunda-feira, vítima de câncer linfático, aos 80 anos, em sua casa, no Rio de Janeiro. Entre as suas maiores obras estão Pluft, o Fantasminha e o Cavalinho Azul.

Várias pessoas ligadas ao teatro, como Cininha de Paula, Nathalia Timberg e Sura Berditchevsky, compareceram ao velório. “É uma pessoa que marcou o teatro e agora, com certeza, ficamos mais pobres. Ela sempre passou para todos e deixou em cada um a paixão e o respeito por essa arte”, declarou Nathalia. “Dificilmente vai aparecer alguém igual a ela”, disse Cininha.

Autora consagrada de 27 peças e de livros infantis, Maria Clara era filha do escritor Aníbal Machado. Atriz e diretora, ela escreveu também O Cavalinho Azul, A Bruxinha que Era Boa e Jonas e a Baleia, além de três peças adultas. Pelo Tablado, um dos mais prestigiados cursos de teatro do País, passaram várias gerações de atores, como Fernanda Torres, Louise Cardoso, Luiz Carlos Tourinho, Malu Mader e Rubens Corrêa. Maria Clara recebeu na semana passada o Prêmio Shell de Teatro no Rio pela contribuição dada às artes cênicas nacionais. Impossibilitada de ir à cerimônia, foi representada por ex-alunos do Tablado, que completa 50 anos em outubro e inovou o teatro infantil.