De acordo com gravações apresentadas pela polícia aos dirigentes do governo provincial que investiga o caso de violação ordenada por decreto tribal de 22 de junho deste ano, 22 mulheres foram estupradas por 53 homens.
O superintendente da polícia, Farman Ali Chaudhry, declarou à que 45 dos supostos atacantes já foram detidos.
Duas dessas mulheres morreram. Uma delas foi assassinada provavelmente porque podia identificar seus atacantes, outra se suicidou, no dia 2 de julho.
O presidente paquistanês, Pervez Musharraf, chegou a intervir nesse caso de ultraje, oferecendo um cheque de US$ 8 mil a Mukhtar Mai, a jovem que foi violentada quatro vezes por ordens de juízes tribais, como castigo por um pecado cometido por seu irmão de 12 anos.
A violação foi ordenada depois que o Conselho declarou o menino culpado de manter relações "ilícitas" com uma mulher de 30 anos da tribo Matsoi. No entanto, a família Mai acusou a tribo rival de fabricar as acusações para esconder o fato de o menino ter sido violentado por três homens Matsoi.
Os pais contaram à polícia que seu filho foi vítima de abusos sexuais quando trabalhava num campo, em junho. Quando o menino ameaçou contar tudo a seus pais, os homens o trancaram num quarto com uma mulher de 30 anos da tribo e o acusaram de manter relações com ela.
Como punição, a irmã do menino foi estuprada por quatro homens, um deles membro do conselho da tribo, tendo sido obrigada a voltar ao lar nua. A polícia já deteve oito familiares dos homens que estupraram a jovem, como forma de pressionar para que os entreguem às autoridades.
A ministra paquistanesa para Assuntos Femininos, Attiya Anaytullah, tmbém prometeu levantar uma escola com o nome de Mukhtar.
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