No discurso de improviso, o presidente salientou que, ainda neste ano, o programa atenderá 6 milhões de famílias, chegando a 8,7 milhões em dezembro do próximo ano. "Até o final de 2006, atenderemos todas as pessoas que, segundo o IBGE, estavam abaixo da linha de pobreza quando nós tomamos posse", disse Lula.
A estratégia do governo era evitar que a repercussão das notícias sobre as falhas no Bolsa-Família e os atritos no governo ofuscassem a reunião sobre a fome com 56 chefes de Estado em Nova York, que Lula está organizando para o próximo dia 20. No início da noite, o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, anunciou que o grupo de ministros definiu um cronograma de curto e médio prazos de metas de fiscalização e controle do programa. Patrus aproveitou a entrevista para afirmar que não perdeu força no governo pelo fato de José Dirceu comandar a reunião.
O ministro do Desenvolvimento Social argumentou que Dirceu foi encarregado por Lula para coordenar o encontro por se tratar de um reunião interministerial. Além de Patrus e Dirceu, participaram da reunião os ministros Humberto Costa (Saúde) e Tarso Genro (Educação) e o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso. "Eu sou o porta-voz do programa, a supervisão é da minha pasta", afirmou Patrus.
"O ministro Dirceu é meu amigo, o capitão do time do presidente, trabalhamos como equipe e de forma fraterna pelo melhor do Brasil." O governo reconheceu que depende do esforço das prefeituras para evitar fraudes no programa. Embora as prefeituras não sejam obrigadas a fiscalizar os beneficiados, Patrus argumentou que a Constituição estabelece que todas as esferas do Poder Público têm a responsabilidade em garantir a educação e a saúde das crianças. Em novembro próximo, o governo enviará por internet e por meio de agências da Caixa Econômica Federal questionários sobre as crianças beneficiadas para as prefeituras responderem.
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