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Tucanos e petistas de Diadema travam duelo em comissões
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
13/09/2009 | 08:30
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Embora oito anos separem a comissão investigativa do processo eleitoral do Conselho Tutelar de Diadema, aprovada na quinta-feira na Câmara, da última formação, os protagonistas são os mesmos: PT e PSDB.

Alvo da comissão proposta pela bancada do PT e aprovada por 18 votos a 1, o então secretário de Saúde de 1997 a 2000 na cidade, Gilberto Natalini, hoje vereador em São Paulo pelo PSDB, afirma que agora vale a mesma regra.

"Na época, não fui contra nem reclamei. Fui à Câmara e disse: "Pode virar do avesso. Agora, tem de deixar investigar, sem dificultar ou atrapalhar", argumenta Natalini, que foi secretário na segunda gestão de Gilson Menezes à frente do Paço, na ocasião PSB e hoje vice-prefeito pelo PSC no governo Mário Reali (PT).

A comissão de inquérito contra Natalini foi instaurada em 28 de junho de 2001 quando o ex-secretário já era vereador na Capital, cuja Prefeitura à época era comandada por Marta Suplicy (PT).

Antônio Rodrigues, que era vereador e líder do PT na administração José de Filippi Júnior, foi quem encabeçou o requerimento.

"Mau gerenciamento, falta de medicamentos e outros problemas na área de Saúde foram os motivos de a comissão ter sido aberta", lembra Rodrigues, atualmente filiado ao PSB e que no ano passado não conseguiu se eleger a uma vaga na Câmara Municipal.

Questionado sobre o desfecho da investigação, que durou 60 dias, ele diz que desconhece. "O nosso papel foi o de fiscalizar e encaminhar o relatório ao MP (Ministério Público)", ressalta.

Natalini atribuiu a abertura da comissão a retaliação política do PT. "Foi a pedido da Marta Suplicy, porque eu era o principal opositor ao governo dela. Aliás, fui eu quem criei a alcunha de Martaxa", revela o tucano, acrescentando ter sido arquivada a representação no MP. A assessora de imprensa de Marta Suplicy foi procurada na sexta-feira, mas não deu retorno ao Diário.




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