Em um breve discurso de agradecimento após receber o prêmio Príncipe de Astúrias da Concórdia, Rowling afirmou, no entanto, que considera os livros de Harry Potter "altamente morais".

"Quis representar as ambigüidades de uma sociedade na qual a intolerância, a crueldade, a hipocrisia e a corrupção abundam para demonstrar melhor o lado heróico, que é, independente da idade, lutar em uma batalha que nunca será vencida", disse a escritora naquela que talvez tenha sido sua primeira explicação pública sobre suas intenções na hora de criar o universo mágico de Harry Potter.

Rowling anunciou que destinará o prêmio de US$ 55 mil a um fundo para os países em desenvolvimento da Associação de Leitura Internacional, que promove a alfabetização no mundo.

"Não existe filme, programa de televisão, jogo de comutador ou videogame capaz de repetir a magia que acontece quando a imaginação do leitor se encontra com a do autor para criar um reino único e privado", afirmou J.K.Rowling, que confessou que escreve contos há 32 anos e nunca quis ser outra coisa a não ser uma escritora.