Política Titulo Editorial
Alerta contra meningite
Do Diário do Grande ABC
10/11/2018 | 12:21
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A falta de vacinas contra meningite C em postos de Saúde de três das sete cidades da região traz preocupação ao Grande ABC. Doença altamente contagiosa, especialmente entre crianças menores de 5 anos, pode se alastrar com rapidez se os métodos de imunização falharem. Reportagem deste Diário mostra que pais em busca da prevenção para seus filhos têm dificuldades para encontrar doses em Santo André, São Caetano e Mauá. Como resposta, enfrentam o velho conhecido jogo do empurra protagonizado por municípios, Estado e governo federal.

Não é hora de se transferir responsabilidades, mas de agir. Pessoas estão morrendo na região, e em número cada vez maior. Como o contágio se dá com extrema facilidade – beijo ou espirro são suficientes para transmitir a bactéria - Neisseria meningitidis –, a vacina é a única maneira de se evitar surto da doença. Manter abastecidos os estoques das UBSs (Unidades Básicas de Saúde) é, portanto, condição imprescindível para se vencer o inimigo. O Grande ABC vem perdendo a guerra contra a meningite C.

É preciso reagir. Os municípios argumentam que estão com dificuldade para imunizar pacientes porque receberam doses reduzidas do Estado, que repassa a culpa para o governo federal, que teria liberado menos da metade da quantidade de vacinas solicitadas. No topo da pirâmide, Brasília assegura que não mandou mais porque ninguém pediu. Enquanto as esferas de poder não se entendem, cinco moradores do Grande ABC morreram de meningite bacteriana em 2018<CW-30>, apenas até o mês de agosto.

Vacinação é coisa muito séria. Não há outro caminho para acabar com a circulação da bactéria causadora da meningite além do de imunizar a população. Santo André, São Caetano e Mauá precisam ser reabastecidos. Não se pode tolerar mais irresponsabilidades com a Saúde pública. Tome-se como exemplo o que ocorreu no caso do sarampo, mal que voltou a matar no Brasil – foram 14 óbitos neste ano, segundo o Ministério da Saúde – depois de ter sido considerado oficialmente erradicado do País em 2016. Triste. 




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