Política Titulo Diadema
Reali não descarta demitir José Francisco da Florestan
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
08/11/2011 | 07:30
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O prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), não descartou exonerar o diretor-presidente da Fundação Florestan Fernandes, José Francisco Alves (PMDB), desde que o Superior Tribunal de Justiça ratifique a condenação por improbidade administrativa quando o peemedebista respondia pela Saned, na segunda gestão de Gilson Menezes (PSB), entre 1997 e 2000.

"Ele precisa esgotar o caminho jurídico para podermos tomar alguma atitude com relação à sua participação no governo. Ele está recorrendo ao STJ e dada a sentença vamos decidir. Mas (a demissão) é possível", comentou o petista.

Reali garantiu que a batalha jurídica que José Francisco enfrenta não abalará a relação entre o PMDB e a administração - a parceria entre os partidos vem desde a primeira passagem de Gilson pela Prefeitura, em 1982. Mas mandou recado ao primeiro escalão. "Como prefeito, quero ter no meu quadro pessoas que tenham idoneidade e que seus históricos não tenham problemas (judiciais) que possam atrapalhar essas responsabilidades que assumem no governo."

José Francisco foi condenado em segunda instância pelo Tribunal de Justiça de São Paulo por dois contratos sem licitação com o escritório João Marques de Azevedo Buonaduce - Oscar Moraes e Silva Advogados Associados. Ao todo, a autarquia municipal firmou três acordos com a advocacia, que somaram R$ 4,4 milhões.

O peemedebista foi sentenciado a devolver R$ 3,9 milhões aos cofres públicos, perder os direitos políticos por cinco anos e deixar sua função pública. Segundo Reali, José Francisco já recorreu ao STJ.

Além do presidente da Florestan Fernandes, o TJ condenou Renato Campagna (ex-superintendente da Saned responsável pelo último contrato), José Carlos Calandrelli (ex-diretor administrativo da autarquia) e os donos da advocacia a ressarcirem o dinheiro despendido irregularmente.

Gilson havia sido arrolado no processo por pedido do Ministério Público, que chegou a bloquear seus bens e movimentação bancária. O MP alegou que o socialista soube da contratação ilegal e foi inerte ao tomar medidas de cancelamento do contrato. Em sua defesa, Gilson disse que a Saned é uma autarquia autônoma e que não tinha poder de ingerência para evitar o acordo. O TJ acolheu a justificativa do vice-prefeito de Diadema.




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