"A receita da Petrobrás é indexada às variaçoes de derivados de petróleo, que tendem a acompanhar a variaçao do óleo. Com isso, aumenta a receita da empresa", explica. "Por outro lado, a Petrobrás importa um terço e produz dois terços do total que é consumido aqui, e os custos de importaçao sobem no caso de os preços subirem lá fora", pondera.
Conta-petróleo - Caetano ressalta, no entanto, que ainda há um outro fator que beneficia a estatal. "Como a Petrobrás repassa para as distribuidoras por um preço diferente do internacional, essa diferença vai para a conta-petróleo. Isso é um crédito que a Petrobrás tem a receber da Uniao", explica.
De acordo com os especialistas, a conta-petróleo é abatida com a Parcela de Preços Específicos (PPE), que é uma espécie de sobrepreço no valor que o consumidor paga pelo combustível. "O preço de faturamento (aquele que as distribuidoras compram na refinaria) está tendo um reajuste inferior ao de referência (vinculado ao preço internacional). Isso está levando a PPE a ficar negativa. Esse valor negativo é uma dívida que o governo tem de sanar com a Petrobrás e isso entra no balanço como um crédito a receber", explica Mônica Araújo, analista de investimentos da BES Securities.
Diante disso, os especialistas continuam acreditando no potencial dos papéis da Petrobrás. "Além dos resultados virem melhores com esse aumento lá fora, vários relatórios já mostraram que a Petrobrás é uma das melhores empresas da América Latina", lembra José Eduardo Ribeiro Brazuna, gerente de renda fixa e derivativos do banco Santos.
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