A derrota para o Juventude, por 2 a 0, sábado à noite, no Anacleto Campanella, pegou o São Caetano de surpresa no Campeonato Brasileiro. O Azulão vinha de uma boa vitória sobre o Palmeiras, não havia sido derrotado em casa e caminhava para a ponta do torneio. Mas os gaúchos endureceram o jogo e o time do Grande ABC não suportou a força adversária. No final, a torcida, que encarou o frio e foi ao estádio, pegou no pé dos jogadores. Decepção, dentro e fora de campo.

De cara, os gaúchos perceberam que iriam esbarrar na habitual forte marcação do rival paulista. Aos oito minutos, Zé Luis criou a primeira chance de perigo para a equipe do Grande ABC. O Juventude explorava os contragolpes e se defendia em bloco. Na prática, era um expediente que fechava os espaços e truncava a troca de passes do São Caetano.

Aos 21, o goleiro Luiz praticou duas belas defesas consecutivas. Assim, evitou que o Juventude chegasse lá. Na primeira intervenção, a bola chegou a tocar na trave, numa falta cobrada pelo lateral-esquerdo Lino. Logo em seguida, aos 23, Wellington Amorim, de cabeça, também na trave, deu a resposta quase imediata. Mais do que nunca, Ânderson Lima se ligava nos avanços de Lino, um lateral que se transformou em um dos rápidos atacantes do sistema utilizado pelo técnico Hélio dos Anjos. Aos 29, Marcelinho executou um longo lançamento para o ágil Élton, que arrematou nas mãos do goleiro André.

De repente, valeu a ousadia do Juventude, que se aproveitou de um descuido raríssimo do São Caetano para abrir o placar. Aos 33, Raulen correu até a linha de fundo e, na direita, cruzou nos pés de Renan, que só desviou na frente do goleiro Luís: 1 a 0.

Na etapa complementar, aos 20, o São Caetano colocou três bolas na trave (duas com Ânderson Lima e uma com Élton). Na seqüência, aos 22, veio o golpe mortal desferido pelo Juventude, num tiro do meia Marcel, da intermediária: 2 a 0. O castigo estava consumado, por um ex-jogador do Azulão.