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Seresta e trabalho; da olaria à Prefeitura...

Na Segunda Semana Ribeirão Pires, quem abre Memória é o radialista e pesquisador Ademar Bertoldo

Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
23/03/2011 | 00:00
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Na Segunda Semana Ribeirão Pires, quem abre Memória é o radialista e pesquisador Ademar Bertoldo, com essas duas imagens ligadas ao amigo que também é nosso, Antonio Simões, que 40 anos atrás era prefeito do município.

A foto da cantoria foi tirada na sede social do clube Andorinhas, que ficava onde está o Shopping Duaik. Era 1964. Uma festa se organizou para marcar a entrega de uma comenda a Antonio Simões pelo diretor das indústrias Elclor, Charles Strassen.

Simões mesmo não aparece. Está na ponta da mesa. Mas é possível identificar: Nuni (o primeiro à esquerda), Miguel Rigo, Armando Pelegrino, Ivone Eid, Vladas Glostautas, José Palau, Arnaldo Pinheiro (sogro do prefeito Clóvis Volpi), Adaquir Prisco, Roberto Dias (o cantor); sentados: Sr. Strassen, Ondamar Soares e o seresteiro que veio de Santos.

A segunda foto é mais antiga, de 1953. Antonio Simões, oleiro, numa foto ao lado da sua olaria. Ribeirão Pires produzia os melhores tijolos da Grande São Paulo, distribuídos em vários municípios, inclusive em Santos, para onde os milheiros seguiam em vagões da Santos a Jundiaí. Daqui Simões sairia para ser prefeito da sua cidade natal e do coração.

DIÁRIO HÁ 30 ANOS

Domingo, 22 de março de 1981

Santo André - DTS altera trânsito e provoca confusões.

Primeiro Plano (Eduardo Camargo) - Empresas procuram ótimos executivos.

Futebol - Ontem, em Amparo, pela 2ª Divisão de Acesso: Amparo 1, Santo André 1.

Aramaçan - Começa o Dente de leite, com 70 equipes, apresentação da Banda Juvenil de Rudge Ramos, exibição de para-quedistas e distribuição de refrigerantes.

Crônica 1 (Roterdan Cravo, pseudônimo do jornalista Fausto Polesi, diretor de Redação e editor-chefe do Diário) - Salve Zico, pendão da esperança, salve João, augusto da pacificação.

Crônica 2 (Guido Fidelis) - É preciso acabar com os índios para introduzir a Civilização Cristã.

Lançamento - Terranova, o 1º bairro humanizado de São Bernardo.

EM 23 DE MARÇO DE...

1916 - Maria de Jesus Caccioli nasce em Santos. Dona Micas, como era chamada, veio menina para Santo André e aqui casou-se com Aurélio Caccioli. Era considerada a mulher mais bonita da cidade.

1926 - Nelson Marson nasce em São Bernardo. Técnico eletrônico, jogador do Palestra e galã na velha Vila de São Bernardo.

1976 - Poluição ultrapassa o alerta em Capuava.

MUNICÍPIOS PAULISTAS

Viradouro. Município desde 1916, quando se separa de Pitangueiras, na região de Jaboticabal.

Ouro Verde. Elevado a município em 1954, quando se separa de Dracena.

CAPITAL BRASILEIRA

Florianópolis (SC), fundada em 23 de março de 1726.

HOJE

Dia Mundial da Meteorologia.

Trabalhadores

Nasce em 23 de março:

1914 - Natale João Fontana, de Tietê (SP). Operário da Rhodia. Residia à Rua Potiguares, 141.

Fonte: 1º livro geral de registro de associados do Sindicato dos Químicos do ABC.

SANTOS DO DIA

Domício, Fidelis e Turíbio de Mogrovejo. São Turíbio (Espanha 1538 - Peru 1606). Arcebispo de Lima. Fundou o primeiro seminário das Américas.

Fontes: Folhinha do Sagrado Coração de Jesus, Vozes, 2011; site: paulinas.org.br .

FALECIMENTOS

SANTO ANDRÉ

Vilma Thereza Vitale Pacolla, 83. Natural de Piraju (SP). Anteontem, em São Bernardo. Cemitério de Vila Pires.

SÃO BERNARDO

Josefa Maria da Conceição, 90. Natural de Recife (PE). Anteontem. Cemitério da Paulicéia.

Sebastiana Soares de Oliveira, 88. Natural de Gloria do Goita (PE). Anteontem. Cemitério dos Casa.

Maria da Conceição Pereira, 83. Natural de Vertentes (PE). Anteontem. Cemitério dos Casa.

Vicente Marchetti, 81. Natural de São Paulo (SP). Dia 18. Cemitério da Quarta Parada, Capital.

Carlos Cabral de Andrade, 78. Natural da Paraíba. Dia 18. Cemitério dos Casa.

Maria Moura da Silva, 77. Natural de Ipueiras (AL). Dia 19. Cemitério Jardim da Colina.

Paulo Fernando Lemucchi, 68. Natural de São Paulo (SP). Dia 18. Cemitério São Judas Tadeu, Capital.

José Aparecido Inácio, 59. Natural de São Bernardo. Anteontem. Cemitério dos Casa. 

SÃO CAETANO

(Cemitério da Cerâmica)

Manoel João da Silva, 59. Natural de Caruaru (PE). Dia 17.

Viviane de Oliveira, 36. Natural de Santo André. Dia 18.

Charles Franco Hygino, 35. Natural de São Caetano. Dia 21.

Max Michel dos Santos Carlos, 31. Natural de Cacimbinhas (AL). Dia 19.

Bruno Pereira Salvagnini, 16. Natural de São Caetano. Dia 18.

FRANCISCO MARTINS AMARAL
(Brasópolis, MG, 28-8-1917 - Santo André 3-3-2011)

Sr. Francisco tinha várias paixões, e uma delas era andar de moto, o que fez até os 91 anos de idade, quando residia no Paraná. Participava dos eventos cívicos da cidade de Marilândia do Sul. Nessas ocasiões, enfeitava sua motocicleta e desfilava garboso. Virou até notícia nos jornais locais.

Por onde passava contagiava a todos com seu bom humor e vontade de viver. Amava a vida e tinha medo da morte. "Era muito vaidoso. Adorava usar anéis, pulseiras, boné, boina e fazia tingirmos o cabelo dele assim como a sobrancelha e bigode. Quem o conhecia não imaginava que tivesse 93 anos, porque sua pele não tinha uma ruga e era uma pessoa muito ativa", conta a neta Ana Paula.

Profissionalmente, foi mestre de obras. "Ele era muito inteligente e deliciava-se com ciências e astrologia, muito embora não tenha terminado nem o curso primário. Tocava sanfona e cantava. Sua música predileta era A Jardineira", relembra a filha Denizete do Amaral Barbosa.

Filho de Maria José de Senne e de João Batista Martins, Francisco foi criado numa fazenda do município de Ipiranguinho, em Minas. Mocinho, saiu de Minas Gerais e radicou-se em Lorena, depois Campos do Jordão e novamente Lorena. No começo dos anos 1960 veio para Santo André - foi um dos primeiros moradores do Jardim Riviera, às margens da represa. Mudou-se para o Paraná em meados dos anos 1990, retornando há um ano para Santo André, onde residia com sua filha Denizete.

Francisco Martins Amaral partiu aos 93 anos, depois de permanecer internado por 20 dias no Hospital Cristóvão da Gama, onde angariou a simpatia de médicos e funcionários com sua alegria. A filha Denizete, o genro Antonio Carlos, as netas Ana Paula, Angélica e Silvia revezavam-se na sua companhia. Está sepultado no Cemitério de Vila Pires.




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