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Edinho Montemor diz que tiro foi apenas uma fatalidade
Carolina Godoy, Karla Machado e Tatiane Conceição
03/09/2008 | 07:39
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O candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Orlando Morando (PSDB), Edinho Montemor (PSB), baleado na coxa direita após deixar evento de campanha, em São Bernardo, descartou motivação política para o incidente e afirmou que tudo não passou de uma fatalidade.

Edinho recebeu a imprensa na tarde desta quarta-feira no Hospital Brasil, onde está internado, e contou que foi atingido quando tentava apartar uma briga do lado de fora do Espaço Lux, onde havia participado de um evento. "Quando saí (do evento) percebi um tumulto, um rapaz sendo agredido por cerca de dez ou 12 outros jovens. Então procurei interceder, tentei tirar o rapaz do meio daquilo. E foi quando começaram os disparos. Um deles transfixou a minha coxa direita e eu caí", relatou o candidato.

Ele descartou "qualquer possibilidade de atentado político" e disse acreditar em uma "briga de turmas". "O fato de a bala ter me atingido foi uma fatalidade", afirmou.

Apesar do incidente, Edinho disse que não aumentará sua segurança nesta reta final de campanha. "Não pretendo mudar em nada o meu comportamento durante a campanha. Sempre andei acompanhado apenas de um motorista, que não é segurança, e vou continuar da mesma forma. São Bernardo não tem essa tradição (de violência). A gente não tem que se preocupar com isso", disse.

O candidato, que espera ter alta nesta quinta-feira, declarou que tão logo seja liberado pelos médicos já pretende voltar ao trabalho. "A partir da semana que vem quero estar trabalhando bastante para que nessa reta final a gente possa conseguir a vitória".

Marinho - O candidato do PT à Prefeitura de São Bernardo, Luiz Marinho, fez nesta quarta-feira uma visita a Edinho Montemor no Hospital Brasil. Apesar da rivalidade na política, o petista disse que os dois mantêm "relações respeitosas há muitos anos" e que, por isso, foi levar ao candidato do PSB sua "solidariedade e desejo de recuperação".

Questionado sobre a possibilidade de o crime ter sido encomendado por adversários de Edinho, Marinho afirmou que a hipótese é de uma "irresponsabilidade sem comparação".

O petista ainda pediu à imprensa "que ajude a levar tranqüilidade" ao processo eleitoral "em vez de colocar lenha na fogueira". "Evidente que há entreveros em campanhas, mas devemos tranqüilizar os ânimos", disse.

Investigação - A polícia ainda não tem pistas do autor do tiro que atingiu Edinho. De acordo com o delegado seccional interino de São Bernardo, Basílio Samofalov, a bala que feriu o candidato partiu de uma arma calibre 40, e como esta não é uma arma muito comum (de uso restrito), tal indício poderá facilitar a identificação de seu proprietário.

As investigações sobre o caso só terão prosseguimento se Edinho Montemor fizer uma queixa formal. Caso contrário, o episódio será classificado como lesão corporal simples e arquivado.

Marcos Lazzuri, proprietário do Espaço Lux, contou que qualquer ocorrência no local é de responsabilidade dos promotores do evento, conforme contrato. "O contratante é o único responsável por acidente ou prejuízo pessoal ou material que venha a sofrer, diretamente ou por terceiros, no uso e gozo do espaço locado", informa o texto assinado entre as partes.

Lazzuri disse ainda que não havia nenhum segurança contratado pelo Espaço Lux no local na última terça, sendo esta uma atribuição da assessoria do candidato, segundo acordo firmado.




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