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Após três anos, Aidan puxa as rédeas do governo

Visando eleição, prefeito de Santo André concentra articulação

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
08/11/2011 | 07:12
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"Técnico tem de assumir função e resolver." Após três anos à frente da administração, assim o prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB), definiu ontem a mudança de diretriz em seu governo. O chefe do Executivo puxou as rédeas de toda movimentação administrativa e eleitoral visando o pleito de 2012, funções até então a cargo do secretário de Gabinete, Nilson Bonome (PMDB). Com o novo cenário, Aidan inicia empreitada para personalizar a gestão.

O petebista justificou que a alteração nas coordenadas, a partir de agora, visa otimizar o andamento do governo. "Sou o prefeito, posso modificar diretrizes, que acredito ser para melhor. Ninguém pode se ofender. Tenho democraticamente esse direito por ter sido eleito", disse, acrescentando que mandatário tem de tomar conta do espaço e, usando metáfora futebolística, enfatizou a situação. "É como se fosse técnico. Se o time ganha, o técnico não fez mais que obrigação, se perde, a culpa é do técnico.

Apesar do discurso, Aidan sustentou que Bonome continua com força, realizando a articulação entre Executivo e Legislativo e a interlocução no secretariado. "Não vejo queda de poder. Ele está com a Pasta de Gabinete, função maior dentro da Prefeitura." O prefeito argumenta que teve outra conversa com o peemedebista na última semana para aparar arestas. "Não muda nada. O trabalho do Bonome está mantido."

Caracterizando a diferença de conduta, o chefe do Executivo vai conduzir processo de maior aproximação com os vereadores da base de sustentação e secretariado, organizando reuniões frequentes para garantir forte ligação particular, conjuntura anteriormente exercida por Bonome. Aidan alegou que não está descartada reforma no secretariado, porém, rechaçou que qualquer hipotética mudança tenha tom político-partidário. "Se fizer, não vai ser a base de eleição, para ter partido trocando secretaria. Estamos avaliando bem, com lupa. Se for preciso, vamos resolver. Mas, até o momento, nada contrário."

 

Petebista culpa gestões do PT por complicações atuais

 

Aidan Ravin culpou as gestões do PT, que totalizaram 16 anos, por complicar a saúde financeira do governo. Ele evitou afirmar que as dívidas herdadas têm engessado as iniciativas do Executivo, mas disse que ao entrar no Paço em 2009 enfrentou problemas.

 "Uma das dívidas é o precatório. São R$ 800 milhões. Pagamos R$ 3 milhões ao mês. Há coisa arrastada de 20 anos em situação que estamos resolvendo", alegou o petebista.

Aidan enfatizou que a denúncia do PT, que elencou dez obras paradas na cidade, são vazias. "Eles tentam plantar o caos." Há intervenções com dinheiro do Programa de Aceleração do Crescimento que teve de sofrer mudança por erro no processo na gestão petista. "A obra no Córrego Taióca tinha verba do PAC e do fundo internacional. Está errado. Não pode ter obra com duas aplicações. Tivemos série de complicações para arrumar."




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