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Oswaldo Dias não paga direitos a professores exonerados
Cristiane Bomfim
Do Diário do Grande ABC
13/01/2009 | 07:43
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Os 165 professores de Mauá contratados em fevereiro de 2007, durante a gestão de Leonel Damo (PV) e exonerados na semana passada pelo prefeito Oswaldo Dias (PT) deixaram seus postos sem receber os direitos. Além da rescisão, também não receberam o abono de R$ 500, assim como o restante do quadro do professorado.

No total, a dívida está estimada em mais de R$ 300 mil, segundo a Uniserv (União dos Servidores Públicos) de Mauá. "Já ligamos no RH (Departamento de Recursos Humanos) da Prefeitura e a resposta que tivemos é de que não há previsão para o pagamento. Mas o que não pode é o trabalhador não receber o que é de direito", afirma o presidente da entidade, Renato Martins de Abreu. Em média, cada educador tem salários mensais de R$ 1.800.

Renato explica que estes profissionais foram contratados para completar o quadro de professores da rede municipal em 2007. "Eles fazem uma prova no início do ano e os classificados são contratados para o período de 12 meses. Para uma nova contratação é preciso fazer outra prova". O contrato venceu em 23 de dezembro de 2007 e foi prorrogado por mais um ano, sem a realização de provas. "O que não dá é para trocar de prefeito e não pagar", diz o sindicalista.

‘Erro'- De acordo com o vereador Átila Jacomussi (PV), a recontratação dos professores sem a realização de uma prova classificatória foi um "erro" da administração anterior. "Isso não deveria ter ocorrido, mas já que ocorreu e os professores trabalharam, eles teriam de receber." Segundo professores ouvidos pelo Diário, a resposta dada pelo RH é ainda mais grave. "Eles dizem que como não fazemos mais parte do quadro de funcionários, eles não vão pagar. Quer dizer que eu trabalhei de graça?", reclamou uma professora.

O parlamentar classifica a atitude como falta de respeito. "Ao sentar na cadeira de prefeito, o Oswaldo tem de assumir todas as responsabilidades. E uma delas é o quadro de funcionários."

Procurada segunda-feira à tarde, a Prefeitura de Mauá não respondeu sobre o assunto.




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