O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP) defendeu o voto aberto no julgamento da primeira representação contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), no Conselho de Ética. Ele é acusado de quebra de decoro parlamentar por ter despesas pessoais supostamente pagas por um funcionário de uma construtora.

“O colegiado tem de ser solidário aos relatores, que mostram a cara e dão o seu voto. Não há justificativa para o voto secreto dos outros senadores”.

Na próxima quinta-feira, os três relatores do processo vão apresentar o relatório, sendo que dois deles são a favor do voto aberto. No entanto, o presidente do Conselho de Ética, senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), defende o voto fechado. Na sexta-feira, ele informou que pediu parecer sobre a questão à Consultoria Jurídica do Senado.

O Regimento Interno é omisso nesses casos, mas os senadores alegam que a votação da cassação de Luiz Estêvão em junho de 2000 foi fechada, o que abriu precedente para o caso de Renan.

Caso não haja pedido de vista, a expectativa é de que o relatório apresentado pelos relatores Renato Casagrande (PSB-ES), Marisa Serrano (PSDB-MS) e Almeida Lima (PMDB-SE) seja votado na própria quinta-feira.