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Líder evangélico troca Geraldo Alckmin por Jair Bolsonaro
Raphael Rocha
02/10/2018 | 07:14
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Nario Barbosa/DGABC


Líder da Igreja Universal do Reino de Deus, o bispo Edir Macedo declarou voto no presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, a despeito de o PRB, sigla ligada à igreja, estar no arco de aliados do candidato do PSDB à Presidência da República, o ex-governador paulista Geraldo Alckmin.

A confirmação foi feita por Macedo em um vídeo no Facebook. O líder evangélico afirmou nas redes sociais que votaria no deputado federal do PSL ao ser indagado por um fiel a respeito do processo eleitoral. “Bolsonaro”, respondeu o bispo, de forma direta, à indagação de Antonio Mattos.

O movimento de Macedo se antecipou à articulação que já se desenhava na direção da Igreja Universal, de caminhar com Bolsonaro no segundo turno, caso o parlamentar do PSL chegue à reta final contra o candidato do PT, o ex-prefeito da Capital Fernando Haddad.

Analistas políticos indicam que boa parte do voto evangélico, que antes caminhava com o PSDB ou flertava com Marina Silva (Rede) em eleições anteriores, se concentrou em Bolsonaro.

Até a declaração de Edir Macedo, oficialmente a direção da Igreja Universal pregou neutralidade. Ao jornal O Estado de S.Paulo, a cúpula informou que “incentiva a todos os cristãos, de todas as denominações, a escolherem candidatos comprometidos com os valores da família e da fé”.

Na eleição de 2014, o PRB defendeu a reeleição da então presidente Dilma Rousseff (PT) – tinha espaço no primeiro escalão do governo petista. Porém, a sigla apoiou o impeachment da petista. Na gestão de Michel Temer (MDB), voltou a ter vaga no ministério.

Embora tenha a maior coligação na corrida à Presidência da República, Alckmin vem sofrendo baixas importantes em sua campanha à medida em que as pesquisas de intenções de voto mostram o tucano patinando na preferência do eleitorado. Alckmin não consegue avançar sequer no Estado de São Paulo, onde foi governador por quatro mandatos – todos os levantamentos indicam superioridade de Bolsonaro no recorte estadual.

Uma prova de abandono é o PP. Seu presidente, o senador Ciro Nogueira, tem pedido votos para Haddad em seu Estado, o Piauí. Aliás, o PP conta com a vice da chapa de Alckmin, ocupada por outra senadora, Ana Amélia, do Rio Grande do Sul.

No Nordeste, o tucano lida com essa situação com outros líderes, como Armando Monteiro (PTB), candidato ao governo de Pernambuco. O PTB está com Alckmin, mas Armando, com Haddad. No Sudeste também, já que Gelson Merisio, postulante do PSD ao governo de Santa Catarina, avisou que votará em Bolsonaro. 




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