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Acordo dos EUA favorece moedas emergentes e juros futuros fecham em queda
01/10/2018 | 17:50
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Os juros futuros confirmaram no fechamento da sessão regular desta segunda-feira, 1, o sinal de baixa que já conduzia as taxas desde o período da manhã, tendo renovado mínimas na última hora dos negócios. O alívio de prêmios nesta segunda-feira é atribuído basicamente ao bom desempenho de moedas emergentes, como o real e seus principais pares (lira turca, peso argentino e peso mexicano), o que teria estimulado uma correção ao movimento de alta na tarde de sexta-feira. O quadro eleitoral segue sob monitoração, mas hoje sem fatos concretos que pudessem justificar o recuo. Ao contrário, as recentes pesquisas de intenção de voto apontaram fortalecimento do candidato do PT, Fernando Haddad, o que, em tese, poderia estressar os investidores.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 encerrou na mínima, a 8,24%, de 8,326% no ajuste de sexta-feira, e o DI para janeiro de 2021 fechou com taxa de 9,52%, de 9,586% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2023 caiu de 11,125% para 11,02% e a do DI para janeiro de 2025, de 11,784% para 11,65%.

"Temos hoje um movimento de moedas grande no mundo em função do acordo dos Estados Unidos, o que deu uma tranquilizada. Tivemos um movimento defensivo na sexta-feira, antes do Datafolha e das passeatas, e hoje as taxas estão corrigindo", afirmou o gestor de renda fixa da Absolute Investimentos Mauricio Patini.

Os EUA fecharam um acordo com o Canadá e o México para revisar o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês). A nova versão será chamada de Acordo Estados Unidos-Canadá-México (USMCA, na sigla em inglês) e retira uma das incertezas que pairavam sobre as relações comerciais dos Estados Unidos com outros parceiros. Ante o real, às 16h36, o dólar à vista caía 0,76%, aos R$ 4,0204.

Internamente, o destaque desta tarde foi a decisão do juiz Sergio Moro de levantar o sigilo dos termos da delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci, mas que pouco afetou as taxas. Segundo o documento, Palocci disse que "houve desonestidade em toda a estrutura do PT e dentre todas as suas lideranças" e que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabia das ações de corrupção praticadas dentro da Petrobras desde 2007.




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