Política Titulo SEM LIGAÇÃO
Oswaldo nega influenciar candidaturas adversárias

Tática seria pulverizar pleito para minar força de Vanessa

Mark Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
08/11/2011 | 07:04
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O prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT), negou ontem que tenha influência sobre candidaturas da ‘oposição' ao Executivo. Nos bastidores, comenta-se que o alto número de pleiteantes do bloco contrário à administração atenderia a uma estratégia do petista para enfraquecer a deputada estadual Vanessa Damo (PMDB), tida como sua principal adversária na eleição do ano que vem.

Entre as sete cidades do Grande ABC, Mauá é a que mais apresenta pré-candidatos a prefeito: sete. Além de Oswaldo e Vanessa, cobram o status os ex-prefeituráveis Chiquinho do Zaíra e Paulo Bio (PV), e os vereadores Atila Jacomussi (PPS), Irmão Ozelito e Edimar da Reciclagem (PSDB). O raciocínio é simples: com a oposição fragmentada, a peemedebista partiria enfraquecida para um eventual segundo turno.

"Se pudesse evitar a pulverização... eu preferia que tivesse menos candidatos, mas isso não está na minha mão", avaliou Oswaldo, ao rebater a corrente que aponta para sua interferência em outras candidaturas. "A análise tradicional (que aumentaria chances de definição em primeiro turno) é que, para quem está no governo, quanto mais candidatoS melhor", esquivou-se, ao deixar reunião no Consórcio Intermunicipal.

GOVERNABILIDADE

Oswaldo agradeceu a sensibilidade dos vereadores, o que lhe garantiu a retomada da governabilidade. Há dois meses a administração petista passou por momentos de instabilidade na Câmara, fruto da rebeldia de parlamentares do bloco governista que negociavam mudanças de partidos.

Em setembro, o chefe do Executivo declarou que a turbulência tinha prazo de validade, e que se encerraria tão logo fosse finalizado o período para o troca-troca partidário, o que ocorreu no início de outubro. "Não precisa ser guru para ver isso", frisou. Com a volta da calmaria, elogiou os dissidentes de ocasião. "No que é essencial, todos são sensíveis às necessidades da administração."

O prefeito inclusive avisou seus adversários na eleição de 2012 de que ostentar a maioria no Legislativo é fundamental para a implementação do plano de governo. "Existe a vontade de vários vereadores em governar a cidade. E, neste aspecto, cada um segue o seu caminho (perante à gestão). Mas há um caminho que é tirar a cidade desse caos. Então, todos que querem (ser prefeito) têm de trabalhar para ter a governabilidade."

O caos citado por Oswaldo é referente às dividas do município, que beiram R$ 1,4 bilhão. Entre os vereadores que almejam comandar Mauá a partir de 2013 está Irmão Ozelito (PTB), situacionista que critica a gestão na tribuna, mas vota favorável ao governo. Ele e Alberto Betão Pereira Justino (PTdoB) lideraram o movimento dissidente ao bloco de sustentação.




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