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Não é só mudança climática
Do Diário do Grande ABC
25/09/2018 | 07:00
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Artigo

Novo relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) destaca crescimento da fome no mundo com a estimativa de 820 milhões de pessoas nessa condição, o que significa que regredimos em todos os avanços que haviam sido registrados de 2010 em diante. Em 2014 o mundo tinha 8,9% da população em situação de severa insegurança alimentar. O resultado de 2017 foi de 10,2%. No Brasil, passamos de 4,6% da população com desnutrição em 2004, para 2,5% em 2017. Além disso, temos 22,3% da população adulta obesa, sendo que esse número vem crescendo, pois em 2012 tínhamos 19,9%. Vários outros países também registram a coexistência de problemas díspares como sobrepeso e desnutrição, obesidade e insegurança alimentar.

Contudo, em 2017 o Brasil registrou supersafra, com 238 milhões de toneladas produzidas e aumento em 13% nas vendas de produtos agrícolas para o Exterior. Com esses resultados, convém refletirmos se o aumento da fome, ao menos no Brasil, está relacionado com as mudanças climáticas ou se estamos sendo cada vez mais incompetentes na distribuição, comercialização e consumo dos produtos alimentícios. Podemos atribuir toda a responsabilidade às mudanças climáticas ou também devemos discutir a falta de gestão das empresas, do poder público e da sociedade? Digo isso em razão dos números do desperdício. Todos os anos, de acordo com a FAO, cerca de 30% de todos os alimentos que são produzidos no mundo são perdidos ou desperdiçados. Isso representa, aproximadamente, 1,3 bilhão de toneladas de comida que vai para o lixo.

As perdas ocorrem em todos os elos da cadeia produtiva. No campo e durante os transportes, a precariedade logística danifica frutas, legumes e verduras que poderiam ser consumidos se estivessem acondicionados corretamente e protegidos de chuva e sol excessivos. Nos pontos de venda, a falta de cuidado no manuseio e o hábito do consumidor de apertar os alimentos para escolher os melhores também causam desperdício. Por fim, falamos do desperdício que ocorre nos restaurantes e também em nossas casas. Quantos de nós já jogamos no lixo alimentos que estragaram por não terem sido consumidos no prazo correto? E quantas vezes deixamos comida no prato?

Não se trata de minimizar a interferência das mudanças climáticas. Mas esse texto é convite à reflexão para todas as empresas que atuam nos diversos elos da cadeia produtiva alimentícia no Brasil, pois há grande espaço para melhoria nas operações e manuseio dos alimentos. A nos, consumidores, mais responsabilidade com o que temos a felicidade de comprar e a incapacidade de consumir.
Gleriani Ferreira é professora doutora especialista em rastreabilidade de cadeias produtivas.

Palavra do leitor

Obrigado!
Dia 22, pela manhã, levei familiar à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Baeta Neves, em São Bernardo. Agradeço à doutora Tatiana Borges, às equipes de enfermagem, recepção e da farmácia pelo atendimento humano e carinhoso.
Maria Aparecida Chitto dos Reis
São Bernardo

Piscina
Pela segunda vez o presidente do Corinthians FC, de Santo André, convoca associados a fim de fechar definitivamente o conjunto aquático do clube e transformar o local em mais um espaço para prática de futebol. Sem pensar nos associados e familiares que fazem uso das piscinas no verão. Convoco todos os associados a comparecer nesta reunião marcada para o dia 28, às 19h30, para deliberar contra o fechamento. Depois de dilapidar parte do patrimônio do clube, vendendo para terceiro o espaço que abrigava os campos de bocha e academia, agora ele insiste em terminar com as piscinas. Fiquem atentos, pois o edital não mostra o dia e em que o jornal foi publicado. Na primeira vez foi divulgado em periódico de baixa circulação, de outra cidade que não do Grande ABC. Conto com todos.
Edvaldo Canus
Santo André

Honestidade
Políticos probos e corruptos são eleitos por eleitores probos e corruptos. Minha afirmação é confirmada em duas reportagens que denunciam furto de energia elétrica em dois estabelecimentos hoteleiros são-bernardenses (Setecidades, dias 7 e 22). Sugiro que este prestigioso Diário investigue e publique reportagens que deixem patente o furto de sinal de TV por assinatura, da tentativa de sonegação ao Fisco, de oferecer propina aos homens da lei para não ser multado, do estacionamento em vagas de deficientes e idosos (já houve reportagens) e de não informar ao setor de cadastro – das cidades – o aumento de área construída.
João Paulo de Oliveira
Diadema

Lei do retorno
Chega a ser curiosa a irritação do candidato Geraldo Alckmin em relação à sua modesta colocação à corrida presidencial, conforme últimas pesquisas. Ele deveria saber que professores e funcionários públicos também votam. E o que ele fez pela classe? Nada, em nenhum de seus mais de três mandatos. Servidores desvalorizados e ignorados, sem reposição das perdas salariais anuais, auxílio-alimentação com valor vergonhoso de R$ 12 (isso porque até o início do ano era R$ 8), superlotação em salas de aula, condição de trabalho sub-humanas. É, senhor ex-governador, esses votos fazem falta, não é mesmo? Pelo que se comenta, nenhum servidor público ou integrante familiar tem o menor interesse em acreditar no senhor. Isso sem mencionar as obras do Metrô, que não saíram do papel, e os reajustes abusivos nas tarifas. Por acaso vossa senhoria explica no programa eleitoral o motivo de reajustar o próprio salário todos os anos? Então, a população mais esclarecida teme que a forma de o senhor governar São Paulo se estenda por todo o País. Não aproveitou a chance que teve, decepcionou trabalhadores e população e espera ser eleito? Seus erros lhe custarão caro, ex-governador.
Gilvan Primon Gonçalves
Santo André

Manifesto
Intelectuais e outros que assinaram o ‘Pela democracia e pelo Brasil’ poderiam ser levados a sério se não apontassem apenas o líder nas pesquisas, Bolsonaro, mas também Haddad. cujo chefe preso várias vezes já se manifestou em ‘regular’ e controlar a imprensa e, portanto, acabar com a democracia e outras falácias. Se estivessem mesmo a fim de defender o Brasil fariam manifesto de apoio ao mais preparado para governar o Brasil, Geraldo Alckmin, e que com certeza não acabaria com a nossa democracia. No mais é mi-mi-mi!
Tânia Tavares
Capital

Vaca de presépio
Vaquinha de presépio é expressão utilizada para definir pessoas que não têm opinião, que estão ali apenas para atender aos interesses de outros, que atuam apenas sob o comando de alguém que consideram seu líder. A política brasileira é prato cheio para identificarmos esse tipo de gente que, ao invés de direcionar seu voto a candidato que possua passado ilibado, que tenha programa de governo exequível e que o coloque a serviço da Nação, prefere agir como capacho, votando como ordenam seus líderes. Esse tipo de gente precisa acordar para a realidade. Precisa entender que é ela que define o futuro do País, que não existem super-heróis nem salvadores da Pátria. Dia 7, meu caro leitor, será excelente data para você optar em tomar as rédeas de sua vida em suas mãos, ou continuar a ser uma vaquinha de presépio. A escolha é só sua.
Vanderlei A. Retondo
Santo André 




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