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Polícia vai ouvir os 159 seguranças que trabalharam em rave
Vanessa Fajardo
Do Diário do Grande ABC
09/05/2008 | 07:13
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Os investigadores da Delegacia de Homicídio de Santana de Parnaíba começam na segunda-feira a colher os depoimentos dos 159 seguranças que trabalharam na rave Tribe realizada no dia 26 de abril, em Pirapora do Bom Jesus. O procedimento faz parte do processo de investigação que apura as causas da morte do estudante Erick Esiquiel, 20 anos, encontrado morto depois de participar da festa e permanecer desaparecido por quatro dias.

Anteontem, a polícia ouviu os responsáveis pelo grupo No Limits, que promove a Tribe. As investigações continuam hoje com os depoimentos dos bombeiros que localizaram o corpo do rapaz na pedreira onde a rave foi realizada.

Até agora, a polícia ainda não tem pistas de como Erick tenha morrido. A única definição apontada pelo delegado Adalberto Deodoro Alcântara Lima é que o estudante foi assassinado. Segundo ele, as provas do homicídio são as marcas de espancamento - lesões no olho esquerdo, nariz e lábios -, identificadas no corpo de Erick. O delegado acredita que se o garoto tivesse morrido por uma queda do penhasco, as lesões seriam maiores.

O laudo do IML (Instituto Médico-Legal) deve sair até o final do mês.

RAVES
Paralelamente às investigações, a família de Erick iniciou um movimento contra a realização de festas rave. Tanto o pai do rapaz, Almir Dias Esiquiel, 42, quanto a mãe, Maria Eunice Esiquiel, 39, nunca permitiram que o filho freqüentasse eventos do gênero. "Nestes locais, rola muita droga", afirma Almir Esiquiel.

A campanha começou ontem com a colocação de faixas pelas principais vias de acesso a Mauá e Ribeirão Pires. Elas têm mensagens como: Diga não às raves. O Erick não morreu em vão. Não seja o próximo, e Jovens, vocês não precisam das emoções das raves. Não tenham seus sonhos interrompidos como os do Erick.

Hoje o manifesto continua com uma passeata, às 16h, pelo Centro de Mauá. Os participantes estarão vestidos com camisetas que levam a foto de Erick.

Amanhã, às 18h, a família Esiquiel participa de um evento evangélico, na Avenida Portugal, também em Mauá, promovido pela Igreja Batista Água Viva. Durante a programação, os pais darão testemunhos da morte do filho. "Queremos reforçar o quanto as raves são ruins para os jovens e salientar a importância do diálogo em família", adianta Almir.

Na terça-feira, dia 13, pela manhã, Almir deve voltar à Santana de Parnaíba para conferir o andamento das investigações sobre a morte do filho.




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