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Mapa da Criminalidade aponta aumento de 7,8% em roubos
02/10/2003 | 22:08
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Entre 2001 e 2002, os registros policiais de roubos em todo o país aumentaram 7,8%, enquanto as ocorrências de homicídios dolosos subiram 4,2%. O Mapa da Criminalidade da Secretaria Nacional de Segurança Pública, que recolhe informações das secretarias estaduais, indica, no ano passado, 37.949 ocorrências de assassinatos, enquanto em 2001 foram 36.392. E 729.203 ocorrências de roubo, contra 675.966 em 2001. Foram notificadas ainda 33.211 tentativas de homicídio em 2002 e 32.089 em 2001.

Registrados separadamente, os roubos de veículos chegaram a 149.718 no ano passado, mas os dados são de apenas 13 Estados. O mapa não traz os números de Pernambuco, que, "está revisando todos os dados de 2001 e 2002".

O Mapa da Criminalidade é o único levantamento oficial disponível atualmente sobre registros policiais de crimes nos Estados. É uma unanimidade entre os pesquisadores da violência a convicção de que a incidência de crimes é bem mais alta. O mapa não registra, por exemplo, o seqüestro relâmpago - crime cada vez mais comum nas grandes cidades.

No caso dos roubos, o Distrito Federal apresenta a maior taxa, com 1.107 casos por 100 mil habitantes, mas a própria secretaria nacional ressalva que o Estado tem "um dos melhores sistemas de registro do país". Como em outros Estados os registros ainda são falhos e há muitos casos de subnotificação, as comparações sobre incidência de roubos ficam prejudicadas.

Na análise dos dados, é ressaltado o fato de que os Estados com maiores incidências de tentativas de homicídios não coincidem com os maiores índices de assassinatos, com exceção do Espírito Santo. "A distribuição das tentativas de homicídio no Brasil não reflete a distribuição em relação aos homicídios. Isso reflete a existência de uma diferença no grau de letalidade dos delitos, decorrente da presença de arma de fogo", diz o relatório. Nos Estados onde há maior presença de armas de fogo, há mais casos de homicídios consumados.

No Distrito Federal, por exemplo, foram registrados pela polícia 497 assassinatos, com taxa de 23,2 homicídios por 100 mil habitantes. As tentativas chegaram a 788 no mesmo ano, com taxa de 36,7 por 100 mil.

No Rio de Janeiro, a situação se inverte. Houve 6.233 homicídios dolosos notificados, com taxa de 42,3 por 100 mil habitantes, a segunda maior do país. As ocorrências de tentativas de homicídios foram menos da metade: 3.037, com taxa de 20,6 por 100 mil. Santa Catarina tem a menor incidência de homicídios, com 367 casos em 2002 e taxa de 6,6 por 100 mil habitantes.

O índice de tentativas de homicídio, no entanto, chegou a 14 por 100 mil, acima de Estados como Sergipe, Paraná, Pará, Paraíba, Ceará e Alagoas.




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