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Políticos de Mauá lavam roupa suja na Casa Civil
Mark Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
12/02/2011 | 07:56
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A reunião da classe política de Mauá com o secretário da Casa Civil do Estado, Sidney Beraldo (PSDB), para solicitar auxílio do governo paulista para a remoção dos moradores de áreas de risco na cidade não conseguiu desviar do viés eleitoral. A deputada estadual Vanessa Damo (PMDB) acusou o prefeito Oswaldo Dias (PT) de ir despreparado ao encontro, realizado ontem, no Palácio dos Bandeirantes.

"Ele não protocolou sequer um documento pedindo recursos. Todas as reivindicações foram verbais. Além disso, não apresentou nenhum dado concreto. Como cidadã mauaense, fiquei envergonhada", destacou a peemedebista - os deputados estaduais Donisete Braga (PT) e Diniz Lopes (PR) também participaram da agenda.

Segundo Vanessa, a reunião perdeu o foco pelo prefeito passar a cobrar posicionamentos do Estado sobre as instalações de antigos pleitos da deputada na cidade, como um AME (Ambulatório Médico de Especialidades), uma Etec (Escola Técnica Estadual), um posto do Poupatempo, uma unidade do IML (Instituto Médico-Legal) e uma delegacia seccional - as duas últimas, de acordo com a deputada, deverão ser viabilizadas ainda neste ano.

"Eu é que tive de alertá-lo que o que falta para sair o AME compete à Prefeitura", diz, denunciando infiltração e piso despadronizado no prédio cedido pelo governo municipal. "Assim o Estado não tem como equipar."

 

OUTRO LADO

Já Donisete Braga tem opinião que contrasta com a de Vanessa. "A reunião foi excelente. O olhar dela é que é eleitoral", acusa.

O petista garante que a reunião foi pautada prioritariamente para encontrar soluções para equacionar o grave problema habitacional de Mauá. E que Oswaldo apresentou relatório que aponta que 110 casas afetadas pelas chuvas de janeiro terão de ser demolidas. Assim, pleiteou parceria com o governo do Estado para a construção de 1.000 moradias.

"Seria o suficiente para comportar as famílias atingidas e os moradores das áreas de risco", contabiliza Donisete. "Em julho ou agosto já poderemos viabilizar este projeto."

O parlamentar concluiu rebatendo as declarações da colega de Assembleia. "Em certas liturgias do cargo você tem de ter semancol. Este é o estilo mesquinho de ela fazer política. De promover embate eleitoral antes da hora."




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