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ONU diz que 790 milhoes passam fome no mundo
Do Diário do Grande ABC
14/10/1999 | 16:24
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O mundo em desenvolvimento está combatendo melhor a fome, mas ainda precisa empreender maiores esforços para alcançar a meta de reduçao do número de desnutridos de 400 milhoes até 2015, diz um relatório das Naçoes Unidas divulgado nesta quinta-feira.

O documento menciona Honduras entre os países onde a situaçao melhorou e Cuba entre os que pioraram. O informe afirma que em Honduras a populaçao beneficiou-se com um crescimento econômico estável, a duplicaçao da produçao de milho e um programa amplo para combater a pobreza.

Esse exemplo positivo contrasta com o caso de Cuba, onde cresceu significativamente a proporçao de famintos desde 1990-92, segundo o documento. O relatório da ONU acrescenta que Cuba foi prejudicada pela perda de seu principal parceiro comercial depois da desintegraçao da Uniao Soviética.

O número de pessoas que padece de fome crônica caiu para 790 milhoes no período 1995-97, o que representa uma queda de 40 milhoes em comparaçao com 1990-92, disse a Organizaçao das Naçoes Unidas para a Agricultura e a Alimentaçao (FAO), em seu primeiro informe sobre a fome no mundo. Mas esses 40 milhoes deveriam se duplicar a cada ano para alcançar o objetivo de reduzir à metade as vítimas da fome no mundo, meta fixada por 186 países na cúpula Mundial de Alimentaçao, em 1996.

"A menos que ocorra algo extraordinário, estaremos longe dessa meta", disse Hartwig de Haen, diretor-geral assistente do departamento econômico e social da FAO.

Ele declarou ainda que é preocupante o fato de que a queda no número de pessoas desnutridas se deva a apenas 37 países em desenvolvimento, entre eles Honduras e Chad. Acrescentou que no restante do mundo em desenvolvimento o número de pessoas que nao tem alimentos suficientes aumentou em quase 60 milhoes.

Hartwig de Haen ressaltou que as naçoes que solucionam o problema da fome tendem a estar em paz com seus vizinhos e a desfrutar de crescimento econômico. Para isso, considera essencial que os países estimulem o crescimento nas zonas rurais, onde vive a maioria das pessoas com poucos recursos. Os países em desenvolvimento também deveriam tomar medidas gerais para combater a pobreza, mediante a melhoria da educaçao, do cuidado da saúde e da higiene, disse.

O relatório também revela que as naçoes asiáticas da costa do Pacífico representam quase dois terços - 526 milhoes - dos desnutridos no mundo.




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