Política Titulo Diadema
Justiça nega pedido de liberdade a Maninho

Juíza adia decisão se ex-vereador de Diadema responderá por tentativa de homicídio ou lesão corporal

Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
30/08/2018 | 07:52
Compartilhar notícia


A juíza Debora Faitarone, da 1ª Vara do Júri da Capital, negou pedido de liberdade apresentado pela defesa do ex-vereador de Diadema Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), e seu filho, Leandro Eduardo Marinho (PT), presos desde 16 de maio por agressão a um homem em frente ao Instituto Lula. A magistrada também adiou a decisão sobre se os petistas irão a júri popular e se responderão por tentativa de homicídio com dolo eventual ou lesão corporal. Não há prazo para retomada da audiência.

Na tarde de ontem, testemunhas de acusação e defesa foram ouvidas pela juíza. Faltam ainda depoimentos de parlamentares que acompanharam o ocorrido no dia 5 de abril, quando o juiz federal Sergio Moro determinou a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no caso do triplex do Guarujá. Como esses políticos têm foro privilegiado, possuem prerrogativa de escolher data, horário e local para as oitivas. Segundo a defesa dos petistas, dois dos três parlamentares já agendaram os testemunhos. Os nomes dos deputados arrolados não foram informados.

Maninho e Leandro estão no presídio em Tremembé, no Interior, acusados pelo Ministério Público de tentativa de homicídio com dolo eventual durante briga com o empresário Carlos Bettoni, que, no dia do despacho de Moro, foi à frente do Instituto Lula defender a prisão do petista. O ex-vereador de Diadema e seu filho empurraram o empresário, que se desequilibrou e caiu, batendo a cabeça no para-choque de um caminhão que passava pela via. Ele chegou a ficar internado na UTI, mas teve alta dias depois. Os exames de tomografia do empresário, aliás, foram anexados ao processo.

Advogados de Maninho e Leandro recorrem ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), onde tramita pedido de habeas corpus.

De acordo com o advogado Roberto Vasco, que defende os dois, Maninho tem sofrido com alterações de saúde decorrente de diabetes e nervosismo com a detenção. “Respeito a convicção da juíza e as teses do Ministério Público, mas não concordo. Há situações de gravidade maior e que a prisão não foi decretada.” 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;