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Série remonta crimes passionais
Ângela Corrêa
Do Diário do Grande ABC
10/04/2012 | 07:13
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Mesmo que fora do escopo de roteiros de ficção, crimes passionais são campeões de audiência. A receita de amor, possessividade, relações de poder e força e muita violência é eficaz em mobilizar a opinião pública, da mesma forma que todos os fins de folhetim das 21h. O programa "Até Que a Morte nos Separe", que o canal pago A&E passa a exibir todas as terças-feiras a partir de hoje, às 23h, reúne seis casos ocorridos no País desde os anos 1990.

A história do assassinato da andreense Eloá Cristina Pimentel, ocorrido em outubro de 2008, que teve desfecho apenas em fevereiro deste ano, com a condenação do ex-namorado Lindemberg Fernandes Alves, marca o episódio de estreia, que recebeu o nome de "Coração Selvagem".

Entre os entrevistados do caso está o repórter fotográfico André Henriques, do Diário, que integrou a primeira equipe de imprensa a chegar ao local, no Jardim Santo André. Após o trágico fim do sequestro, Henriques também foi o primeiro a entrar no apartamento em que a garota de 15 anos e a amiga Nayara Rodrigues da Silva eram mantidas reféns. Também foram entrevistadas a mãe da vítima, Ana Cristina Pimentel, o promotor Antônio Nobre Folgado, o psiquiatra forense Guido Palomba e Ana Lucia Assad, advogada de Lindemberg.

Os outros episódios, exibidos até o dia 15 de maio, contam com os casos de amor e morte de Pimenta Neves e Sandra Gomide (2000), o goleiro do Flamengo Bruno e Eliza Samudio (2010), José Carlos dos Santos e Ana Elizabeth Lofrano (1992), Igor Ferreira da Silva e Patrícia Aggio Longo (1998) e Coronel Ubiratan Guimarães e Carla Cepollina (2006).

O ritmo dos episódios também é feito de maneira que remete aos seriados policiais dos anos 1950, com clima noir que mantém o suspense, por mais que o final trágico de todas essas histórias já seja conhecido.

O programa reflete o crescimento bastante significativo dos casos de crime passional. Em 1991, os homicídios motivados por separações e crises de ciúmes eram de 22%. Dez anos depois, o número foi para 28%.




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