A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, disse nesta segunda-feira que o governo brasileiro quer utilizar etanol como combustível para energia elétrica. Ela se reuniu nesta tarde com secretário norte-americano Spencer Abraham para acertar os detalhes sobre um acordo multilateral, assinado por 15 países, de cooperação na área de energia. O Brasil é o único país latino-americano que participa deste grupo.

Segundo a Agência Brasil, no encontro com Spencer foram discutidos os planos para desenvolvimento da tecnologia do hidrogênio, biodiesel e etanol. "Vamos propor a eles um workshop para o segundo semestre deste ano sobre biomassa. A questão-chave é desenvolver a tecnologia do hidrogênio, que possui nível zero de emissão de gases e é mais eficiente", afirmou Dilma.

A ministra afirmou que a tecnologia permite substituir o gás, diesel e gasolina em térmicas e automóveis, mas deverá ser necessário um prazo de 20 anos, em média, para que ela seja introduzida.

"Isso é uma evolução tecnológica do porte da introdução da gasolina, que transformou todo o cenário tecnológico. Ao Brasil interessa estabelecer estudos comuns, projetos e trocar conhecimento. Para se desenvolver na área de energia, é preciso atuar em todas as temporalidades, no curto, médio e longo prazo. Fazer isso, é preparar o Brasil para essa tendência de desenvolvimento tecnológico que, na área de energia, é o que há de mais novo", acrescentou.

Para implantar o intercâmbio de tecnologia entre Brasil e Estados Unidos, Dilma Roussef afirmou que o primeiro passo é estabelecer um programa de pesquisa e desenvolvimento técnico entre os dois países.