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'Apagão Aéreo': oposição 'festeja' decisão do STF
Do Diário OnLine
Com Agências
26/04/2007 | 10:20
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A oposição festejou na noite desta quarta-feira a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de ordenar a instalação imediata da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do 'Apagão Aéreo'. A decisão do Supremo representa mais uma derrota da base governista, que no Senado também caiu diante da oposição e será obrigada a enfrentar uma segunda comissão investigativa.

De acordo com o líder do PPS – um dos partidos de oposição -, deputado Fernando Coruja (SC), a decisão do STF também consolida os direitos da minoria de investigar os fatos que considera relevante. "Estamos satisfeitos com a decisão", disse o parlamentar, que aproveitou para exaltar a importância do trabalho da imprensa para que não ocorra o que ele chamou de "operação abafa". "Entendo que pela vigilância da sociedade e da imprensa, não vai ser possível fazer operação abafa."

O presidente nacional do DEM (ex-PFL), deputado Rodrigo Maia (RJ), adotou o mesmo discurso de Coruja, afirmando que a decisão do Supremo foi favorável aos brasileiros. "Hoje, somos oposição (minoria), amanhã, serão eles. Vamos fazer a investigação que tem que ser feita. De forma nenhuma deixaremos de ter o foco principal na solução para o setor aéreo", declarou.

A base governista, por sua vez, reconheceu a derrota e prometeu acatar a decisão do STF. "CPI é da Casa (Câmara). Se o STF decidiu pela instalação, quem sou eu para dizer se achei bom ou ruim? Vamos cumprir", disse o líder do governo na Câmara, José Múcio (PTB-PE). "Vamos torcer para que funcione como as CPIs no passado: verdadeiramente investigando o foco".

Já o líder do PT na Câmara, deputado Luiz Sérgio (RJ), autor do requerimento que questionou a criação da CPI e atrasou sua instalação, disse que seu partido terá uma postura no sentido de que a comissão faça as investigações de forma séria e não seja transformada em palanque político.

No entanto, Sérgio deixou claro que seu partido vai brigar para ter os principais cargos da CPI. "O PT não pode abrir mão da presidência ou da relatoria da comissão. Vamos reivindicar o direito que o eleitor nos deu nas urnas". O PT tem a segunda maior bancada da Casa, atrás somente do seu 'aliado' PMDB.

Apesar desta vontade do PT de dominar a CPI, a oposição já se movimenta para obter ou a presidência ou a relatoria dos trabalhos. O nome que começa a ganhar força nos corredores da Câmara é do deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), um dos responsáveis pela oposição entrar com uma ação no Supremo. "Nas últimas oito CPIs da Câmara, coube ao autor do requerimento a presidência dos trabalhos", argumentou.




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