O presidente indicado para o BNDES ( Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, tomará posse no cargo nesta sexta-feira, às 11h, em cerimônia reservada, no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em Brasília.

Na quarta-feira, às 10h, será realizada a solenidade aberta de transmissão do cargo do atual presidente da instituição, Demian Fiocca, para Coutinho no auditório da sede do banco, no Rio de Janeiro.

Maior financiador de longo prazo no Brasil – com um orçamento que este ano tem meta de desembolsos entre R$ 58 bilhões e R$ 61 bilhões – e com a maior carteira acionária do País, o BNDES tradicionalmente atrai centenas de empresários e executivos a esse tipo de cerimônia.

A tradição foi quebrada somente pela ausência da solenidade, quando o atual ministro da Fazenda, Guido Mantega, deixou o Ministério do Planejamento para assumir a presidência do banco em substituição a Carlos Lessa. O ministro temia que Lessa fizesse um discurso contrário ao governo. Sem o evento, Lessa disse em ato de desagravo em frente à sede do banco em seu último dia no cargo que “o presidente Lula foi traído pelas elites”, em uma crítica ao governo.

Quando Mantega foi para a Fazenda, Fiocca, que então era seu vice-presidente, passou ao comando do banco de forma discreta, também sem a cerimônia. Desta vez, a expectativa é que Coutinho confirme em seu discurso a manutenção da linha desenvolvimentista no BNDES, já que como economista sempre foi visto como alinhado a essa corrente de pensamento, que privilegia a preocupação com o desenvolvimento.