Cinqüenta e três por cento dessas mortes podem ter sido causadas pela ingestão de doses normais do Vioxx, que teriam sido evitadas com o uso do Celebrex, o antiinflamatório da Pfizer, de acordo com o estudo comparativo que o médico David J. Graham realizou para a FDA.
A ingestão de uma dose padrão de Vioxx, dos laboratórios Merck, aumentaria os riscos cardíacos na ordem de 1,5. Já a ingestão de fortes doses elevaria em 3,7 vezes, mostra o estudo conduzido entre 1999 e 2001 em pacientes de 18 a 84 anos.
Entre 1999 e 2003, foram feitas cerca de 92,7 milhões de prescrições de Vioxx nos Estados Unidos, das quais 17,6% eram de doses fortes, superiores a 25 miligramas ao dia.
Por isso, "a utilização de fortes doses de rofexocib (Vioxx) deveria ser abandonada e as pequenas doses não deveriam ser utilizadas por médicos e seus pacientes", adverte o doutor Graham.
"Se as pequenas doses seguem no mercado, os médicos e pacientes deveriam compreender que o risco de infarto do miocárdio e de morte por crise cardíaca aumenta consideravelmente e que existem alternativas de menor risco", acrescenta.
O grupo farmacêutico Merck, com sede nos Estados Unidos, anunciou no dia 30 de setembro a retirada do Vioxx em todo o mundo, depois da publicação de uma série de investigações que apontavam que, depois de 18 meses de uso contínuo, podia provocar complicações cardiovasculares.
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