O ator de Hollywood Jim Carrey colocou na terça-feira um vídeo no site YouTube, no qual pede aos americanos que se unam à campanha mundial pela liberdade de Aung San Suu Kyi, ícone da democracia em Mianmar.

"Quero lhes falar de uma heroína que eu tenho, seu nome é Aung San Suu Kyi. É uma campeã dos direitos humanos, da decência e de outras esperanças similares na Ásia e para todos aqueles povos oprimidos", disse o comediante.

A mensagem aparece no momento em que os militantes pela democracia ampliam seus protestos contra a junta militar de Mianmar (ex-Birmânia), desafiando assim as medidas drásticas aprovadas contra os dissidentes, ou aqueles que se manifestem contra a forte alta dos preços dos combustíveis.

Os protestos quase diários supõem as ações mais prolongadas contra o regime militar do país nos últimos nove anos.

A ganhadora do Prêmio Nobel Aung San Suu Kyi passou a maior parte dos últimos 17 anos sob prisão domiciliar. Ajudou a levar a Liga Nacional pela Democracia a uma esmagadora vitória nas eleições de 1990, mas os militares nunca reconheceram o resultado.

"Apesar de ganhar 82% das cadeiras parlamentares do país, foi presa pelo regime militar imperante e mantida durante 11 anos sob prisão domiciliar", disse Jim Carrey, em sua mensagem.

Carrey classificou Aung San Suu Kyi de "heroína não reconhecida", que "foi comparada a Gandhi e a Nelson Mandela".