A realização de inúmeros eventos e convenções partidárias nos últimos dias demonstra de forma inequívoca que começou para valer a campanha eleitoral que elegerá presidente, governadores, senadores e deputados estaduais e federais daqui a três meses, em outubro. O aquecimento do clima eleitoral é momento oportuno para que se concite os candidatos a fazer jornada propositiva, que tenha os interesses do cidadão como foco principal. O momento por que passa o Brasil, mergulhado em graves crises financeira e ética, exige o fim de campanhas baseadas em ataques pessoais, tão impróprias quanto estéreis.

O Grande ABC passou penando os quatro anos da atual legislatura. Em Brasília, a falta de diálogo foi amplificada pela instabilidade política que resultou no impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), acusada de maquiar os dados econômicos oficiais apenas para ganhar a reeleição. Já em São Paulo, o problema passou pela falta de deputados da base do governador Geraldo Alckmin (PSDB), já que praticamente metade da bancada eleita pelas sete cidades, por uma razão ou outra, acabou deixando a Assembleia no decorrer do mandato.

Neste que é o momento oportuno para o morador da região mostrar sua força eleitoral, mandando recado claro aos próximos governador do Estado e presidente da República, a esperança é que os candidatos, independentemente do cargo que pleiteiem, aproveitem o tempo para dizer o que pretendem fazer pelo Grande ABC caso saiam vencedores das urnas.

O eleitor tem grande força para estimular os concorrentes a deixarem ataques pessoais de lado, concentrando esforços na apresentação de ideias que possam fortalecer a região. Basta deixar claro, manifestando-se nas instâncias que possuir, sem excluir as sessões de cartas dos jornais ou as redes sociais, seu repúdio a quaisquer tentativas de se baixar o nível do debate eleitoral. Troca de ofensas, acusações sem provas e campanhas difamatórias impedem que o cidadão tenha noção exata das reais intenções dos políticos. É hora de propostas.