Acompanhado por um adolescente, Luiz Fernando foi avistado caminhando ao lado do muro do Camilópolis empurrando um carrinho de mão. Desconfiados, os dois policiais pararam a viatura e anunciaram a revista. Sob uma lona, foram encontrados no carrinho dezenas de crucifixos de bronze, usados para ornamentar os jazigos.

Sem resistir à prisão, Fernando e o adolescente foram levados ao 2º DP de Santo André, em Utinga mesmo. O menor, após ser ouvido, foi encaminhado para sua família. Já Fernando, em depoimento, assumiu ter invadido o cemitério outras vezes.

“Ele disse que tinha roubado 11 túmulos na noite de anteontem (quarta-feira). Fizemos uma diligência ao local e foi comprovado o furto de letreiros e objetos de bronze dos jazigos”, afirmou o delegado responsável pelo Departamento, Osvaldo Fuentes Junior. Segundo Fuentes, ele já tinha passagem pela Febem por roubo e furto.

Apesar da polícia ter a confirmação de que outras pessoas participavam dos roubos, por enquanto o nome de mais ninguém foi descoberto. Agora, a polícia civil vai investigar quem receptava os objetos retirados do cemitério. “Normalmente são ferros-velhos e semelhantes, que compram o cobre e derretem”, explicou Fuentes. Sabe-se que a venda era realizada em São Paulo, mas a localidade onde serão feitas as diligências não serão divulgadas.

Roubos antigos - No dia 27 de setembro, um funcionário da Prefeitura de Santo André registrou um boletim de ocorrência sobre as dezenas de roubos que aconteceram no decorrer do mês no Cemitério Camilópolis, entre os dias 10 e 19.

Segundo o relato feito à polícia, foram depredados mais de 40 túmulos, num total de 77 objetos roubados, (estátuas, portas, letreiros, argolas e placas) todos em bronze.