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Na teoria, PMDB está livre para lançar chapa ao Paço
Raphael Rocha
do Diário do Grande ABC
19/10/2011 | 07:20
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Pelo menos a princípio, o PT não vai exigir que o PMDB retire a pré-candidatura à Prefeitura de São Bernardo em 2012. Mas lideranças do partido articulam para que, caso o voo solo peemedebista se concretize, as duas legendas caminhem juntas em eventual segundo turno.

Nos bastidores a aliança é dada como certa, já no primeiro turno do pleito. Mas o PMDB ganhou corpo nas semanas que antecederam o fim do prazo para filiações - dia 7 - e as especulações de que a legenda lançará de fato o vereador Tunico Vieira ao Paço aumentaram. O parlamentar, inclusive, teria aval do prefeito Luiz Marinho (PT), porque teoricamente tem maior penetração eleitoral na região central da cidade, mesmo reduto da oposição.

Atualmente, o PMDB adota postura neutra com relação à gestão Marinho, mas tem aprovados projetos considerados polêmicos na Câmara.

Marinho avaliou como "tendência previsível" um acordo com o PMDB ainda no primeiro turno. O presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão, adotou a mesma linha cautelosa. Comentou que a executiva não vai impor que a manutenção do bloco governista da presidente Dilma Rousseff (PT) se reproduza fielmente nos municípios. "Pelo Brasil, será frequente o embate com partidos da nossa base, como o PMDB e até o PCdoB."

Entretanto, pediu para que os diretórios municipais caminhem para construção de acordos que visem o segundo turno. "Queremos estabelecer que em cidades onde a aliança (com siglas que orbitam a administração de Dilma) não for possível no primeiro turno, tentar construir para o segundo turno."

No início do mês, em ato de filiação do secretário de Comunicação, Edmar Luz, dirigentes do PMDB reforçaram o projeto de candidatura própria encabeçada por Tunico. Mas não descartaram acordo com o PT. Ventila-se nos corredores do Paço que o ingresso de Edmar no PMDB foi patrocinado por Marinho como forma de segurar a legenda na ala situacionista.

Por outro lado, alguns peemedebistas avaliaram que a vinda dos ex-secretários do ex-prefeito William Dib (PSDB) Walter Cordoni (Saúde) e Paulo Guidetti (Administração) reforçam a tese de candidatura paralela à Prefeitura.




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