Política Titulo Diadema
Merenda e Basso ganham força para vice de Reali

União de PR, PPS e PCdoB favorece vereador e empresário

Raphael Rocha
do Diário do Grande ABC
08/04/2012 | 07:02
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O vereador João Pedro Merenda (PPS) e o empresário Osvaldo Basso (PR) despontaram, nos bastidores, como favoritos para serem indicados pelo arco de alianças para ocupar a vice na chapa de reeleição do prefeito de Diadema, Mário Reali (PT). Ambos costuram apoio de outros partidos governistas e podem minar as chances da manutenção de Gilson Menezes (PSB) ou da escolha do secretário de Segurança Alimentar, Manoel José da Silva, o Adelson (PSB), e da vereadora Cida Ferreira (PMDB).

A estratégia envolve união de PPS, PR e PCdoB. As três siglas se afinaram nas últimas semanas, com intuito de fortalecer um nome interno e preencher o principal requisito exigido por Reali para seu companheiro na legenda: o aglutinamento de forças situacionistas.

Merenda conta com simpatia de parte deste setor, vislumbrando melhor comunicação entre Câmara e Prefeitura e contemplando demanda antiga do Legislativo de ver um vereador como vice na corrida eleitoral.

Basso, porém, tem apoio do empresariado e poderia agregar poderio financeiro para a campanha do petista. Estaria, inclusive, negociando a vinda de uma rede de supermercado para Diadema como carta de apresentação do que pode oferecer à administração.

A união de PPS, PR e PCdoB contraria o isolamento das demais siglas aliadas ao governo. Na reunião de segunda-feira, feita no Paço, cada partido tentou convencer Reali a pinçar nome de suas próprias fileiras. O PMDB não abriu mão de apresentar Cida para o cargo. Adelson também se colocou na disputa, substituindo Gilson. O PDT sugeriu a formação de chapa pura, recuou diante pressão dos aliados e defendeu a manutenção de Gilson, como Reali e a alta cúpula governista desejam.

Todas as propostas foram rejeitadas pela totalidade do bloco situacionista, enfraquecendo ainda mais Adelson, Gilson e Cida dentro do grupo.

"Toda indicação é construída dentro do bloco. Claro que hoje defendemos o Gilson. E não há porquê trocá-lo, a não ser que a Justiça o impeça. Mas a escolha não é só do governo, é dos aliados. E, diante disso, todos precisam se articular para chegarmos a um consenso", avaliou o presidente do PT de Diadema, Josemundo Queiroz, o Josa. "É uma briga de quem oferece do dote eleitoral maior nessas horas."

Contra - O principal impeditivo de Merenda é seu passado ao lado do ex-deputado estadual José Augusto da Silva Ramos (PSDB), arquirrival do PT em Diadema. O popular-socialista, inclusive, se envolveu no caso de privilégio que José Augusto tinha na indicação de entidades beneficiadas com os programas Viva Leite e Alimenta São Paulo, geridos pelo governo do Estado. Em setembro de 2004, o Diário mostrou que 13 das 87 instituições agraciadas com os produtos eram ligadas ao tucano.




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