Após se afastar do mandato de vereador por 13 meses para comandar a Secretaria de Finanças de Mauá, Paulo Suares (PT) retomará cadeira na Câmara na terça-feira propondo a revisão do regimento interno da Casa, que ficou ultrapassado após a modernização da LOM (Lei Orgânica do Município), finalizada no ano passado e que teve o petista como mentor. Entre outros pontos, a norma estabeleceu o aumento do número de vereadores, de 17 para 23, a partir de 2013, a realização de sessões itinerantes e o fim da reeleição da mesa diretora em um mesmo mandato.

Na reestreia no Legislativo, Suares encaminhará requerimento solicitando a criação de comissão parlamentar para desempenhar a tarefa. Sobre a revisão do regimento ainda não ter sido iniciada, alfinetou os colegas. "Vamos retomar este trabalho, que não deveria ter ficado parado neste período."

Suares teve de deixar a Secretaria de Finanças para se candidatar novamente a vereador, sendo substituído por Cássio Pegoraro. Do primeiro escalão do governo, o petista diz ter saído com "a missão cumprida", citando a recuperação de R$ 40 milhões de créditos inscritos na dívida ativa e a implantação da nota fiscal eletrônica e do programa de emissão de certidões pela internet.

Também deixou encaminhada a contratação de peritos para a elaboração de laudo que cobre a destinação de royalties do petróleo para Mauá. Segundo o ex-secretário, por fazer o refino da matéria-prima, a cidade teria direito a receber R$ 1,4 milhão por mês. Após a conclusão do documento, será feita a investida à Petrobras. "Se houver negativa, a Prefeitura poderá iniciar processo judicial", prevê.