Os locais próximos ao Palácio do Governo, às margens do rio Paraguai, amanheceram vazias, sem nenhum automóvel estacionado perto, informaram funcionários do Estado.
Duarte, um jornalista de 47 anos, que assumiu o poder no dia 15 de agosto de 2003, anunciou segunda-feira, em entrevista à imprensa, que existe uma conspiração para assassiná-lo.
A ameaça, segundo ele, provém de setores mafiosos afetados por sua campanha anticorrupção que já produziu vários detidos, especialmente nas Forças Armadas, na Polícia e nos setores empresariais ligados a políticos.
"É hora de dar um pouco de purgante ao poder, à burocracia estatal, ao Poder Judiciário, ao Legislativo e às Forças Públicas", destacou.
Duarte reiterou que continuará com sua campanha "de limpeza" apesar das ameaças.
Setores atingidos pela apreensão de milhares de toneladas de maconha nos últimos dois meses e grupos tradicionais que monopolizavam o setor do petróleo, são objeto de investigação pela inteligência paraguaia depois da ameaça, informou uma alta fonte oficial.
As denúncias do presidente Duarte foram minimizadas e até ridicularizadas por setores da oposição.
"O presidente deve dar nomes porque se não disser nada, tudo fica nebuloso", disse seu ex-adversário nas eleições presidenciais de 2003, o liberal Júlio César Franco.
Outro ex-adversário, Pedro Fadul, líder do Partido Pátria Querida, comentou com ironia: "ninguém quer matar o Presidente". "É um problema fictício", acrescentou.
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