O confronto de hoje entre Santo André e Sport terá um reencontro especial. Mas não em campo e, sim, no banco de reservas, entre Péricles Chamusca e Sérgio Soares. O primeiro era treinador do Ramalhão na conquista da Copa do Brasil de 2004, enquanto o atual dono do cargo iniciou como jogador e passou a auxiliar-técnico no meio da competição.

Depois da troca de experiências, dos ensinamentos e da separação entre eles - quando Chamusca transferiu-se ao São Caetano -, os dois se reencontram hoje na Ilha do Retiro. No entanto, após cinco anos, Sérgio Soares não sabe o que esperar do ex-companheiro.

"Faz quatro anos que não o vejo e não sei como tem se comportado como técnico, mas sei que é inteligente e vai tentar nos surpreender", comentou o treinador do Ramalhão.

Mesmo assim, a equipe andreense não terá surpresas para impor a Chamusca. "Não estou preocupado com o Sport, mas, sim, em dar padrão tático ao Santo André, buscando a formação ideal", disse Sérgio Soares. "Eles têm jogadas ensaiadas, que exigem atenção, mas o time evoluiu do jogo contra o Santos para outro diante do São Paulo e esperamos que isso aumente no duelo com o Sport."

Durante a Copa do Brasil de 2004, Péricles Chamusca foi suspenso pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) e teve de comandar o time de longe. Com isso, abriu espaço para Sérgio Soares, então auxiliar, para ter a primeira experiência à frente do time.

Foi assim no segundo jogo da semifinal, contra o XV de Novembro de Campo Bom, no Rio Grande do Sul, e nos dois confronto decisivos, diante do Flamengo, tanto no Palestra Itália, na partida de ida, quanto no Maracanã, na grande final, no jogo em que Elvis e Sandro Gaúcho marcaram para o Ramalhão e elevaram o status do clube a campeão da Copa do Brasil.