Controlar a ansiedade é a maior preocupaçao de alguém muito especial para a coletividade do Palestra, de Sao Bernardo: o misto de técnico/jogador/artilheiro Paulo Leme, 34 anos, corintiano, para o jogo de seu time diante do forte Independente neste domingo, às 15h, no estádio do Pradao - antiga área da indústria dos sofisticados Chapéus Prada -, em Limeira.

Com oito pontos ganhos no campeonato, o Palestra joga sob pressao de precisar vencer - perdeu o último jogo para o Sertaozinho por 4 a 2 - o Independente e ainda torcer por um tropeço do Marília (cinco pontos), contra o Sertaozinho, em Sertaozinho, pela fase semifinal do grupo B-1 (A) do Paulista. Paulo Leme ainda nao se escalou para a partida, como quase sempre acontece.

Atraçao - A cada exibiçao do Palestra, dentro ou fora de casa, Paulo Leme - que começou a jogar futebol nos anos 80 e teve passagem pelo Santos - acaba virando a atraçao da partida. Todos querem saber como é que consegue ser treinador, jogador, goleador e ainda conselheiro dos atletas mais jovens. "Deus me deu este dom. Procuro ser bom com todos", afirma para os diretores, em especial para Ciro Cassetari, que lhe dá força desde quando chegou ao Palestra.

O Marília empatou com o Independente em seu último jogo por 1 a 1. Se perder em Limeira e o Marília vencer ou empatar, o Palestra estará praticamente de fora das finais do campeonato. Paulo Leme, com quatro gols, Careca (sete) e Sandro (oito) sao os artilheiros do time ao longo do campeonato.

Em 1997, o Palestra subiu do B-1 (B) para o B-1 (A), e em 1998, disputou o turno final do B-1 (A), mas ficou em quarto lugar.