Política Titulo Investigações
Relatório cita Admir Ferro e Orosco, mas sem ações judiciais contra ambos

Ex-vereador de S.Bernardo e político de Mauá veem com estranheza aparição de seus nomes

Humberto Domiciano
Do Diário do Grande ABC
10/05/2018 | 07:39
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A investigação da PF (Polícia Federal) que originou a Operação Prato Feito citou o ex-vereador de São Bernardo Admir Ferro (PSB) e o ex-secretário de Obras de Mauá José Carlos Orosco Júnior (PDT), sem, contudo, iniciar qualquer ação judicial contra os dois. Ambos negam irregularidades.

Em relação a Ferro, o trabalho da PF detectou que a origem do esquema de fraudes em licitações e propinas se deu em 1997, durante sua gestão à frente da Secretaria de Educação. A PF apontou também que o caso seguiu em 2012, quando o prefeito de São Bernardo era Luiz Marinho (PT) e a secretária de Educação, Cleuza Repulho (PT). Ferro é adversário político de Marinho.

Ferro afirmou que está “tranquilo” em relação às investigações. “Primeiro, eles (PF) me colocam como um agente público a princípio envolvido. Deixei de ser secretário no dia 31 de dezembro de 2008 e a licitação mencionada no relatório foi feita quatro anos depois. Em 1997, quando era secretário, tivemos que fazer uma contratação emergencial e não foi nem a Coan e nenhuma empresa do grupo a vencedora. Eles foram vencer uma licitação algum tempo depois e sem qualquer problema.”

Já no caso de Orosco, o relatório da PF apontou citações ao nome dele em conversas grampeadas. Em um dos trechos é atribuído a Orosco um suposto domínio sobre contratos em Ribeirão Pires. No diálogo, Fábio Favaretto, um dos investigados, comenta que em “Ribeirão Pires quem manda é ele, 30% pra pagar”. O diálogo grampeado também prospecta acordo com a Prefeitura de Mauá caso Atila Jacomussi (PSB) se tornasse prefeito e Orosco fosse vice – a chapa foi desfeita durante a eleição e a vice de Atila é Alaíde Damo (MDB), ex-sogra de Orosco.

Orosco rebateu a menção ao seu nome. “A citação é de um cara que é bandido falando para outro bandido. Quando bandido fala mal de mim eu considero que é até bom. Na realidade, não tenho nada a ver com a história e não conheço esse cidadão. É tentativa insana de me colocar em situação errada. Se tivesse algum indício, eles (PF) bateriam na minha porta.”  




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