As loiras – naturais ou não – vão adorar. Entra nesta sexta em cartaz Legalmente Loira (Legally Blonde, EUA, 2001), de Robert Luketic, filme que arrecadou US$ 90 milhões nas bilheterias norte-americanas, uma das grandes surpresas de público do ano. A comédia romântica protagonizada por Reese Witherspoon não tem a mínima pretensão. Mas é divertida se for levada em conta sua proposta – a mesma de As Patricinhas de Beverly Hills (1995), com Alicia Silverstone.

A diferença está nas protagonistas. Ao contrário de Alicia, uma patricinha convicta na vida real, Reese é casada (com o galã adolescente Ryan Phillippe, com quem contracena em Segundas Intenções) e tem um filho. É, também, uma das boas atrizes de sua geração. Isso ela mostra na tela com sua versatilidade – já fez desde o cult Psicopata Americano até o simpático A Vida em Preto em Branco.

Legalmente Loira é só mais um para sua extensa galeria de filmes, iniciada em 1994 com No Mundo da Lua. Agora, ela interpreta Elle Woods, heroína dos cabelos dourados acostumada a lutar por tudo o que deseja. A loira se prepara para ser pedida em casamento pelo playboy Warner (Matthew Davis), mas o rapaz, descendente de uma árvore genealógica de senadores, resolve pular fora e ir estudar Direito em Harvard, onde pretende encontrar uma noiva à sua altura.

Decidida a reconquistar o namorado, Elle consegue uma vaga na disputada faculdade, onde causa o maior rebuliço entre os colegas nerds. Com sua esperteza e roupas pink, ela logo se torna a primeira da classe, chamando a atenção de todos a seu redor: o professor-carrasco Callahan (Victor Garber), o sócio dele, Emmett (Luke Wilson), e a nova namorada de Warner, Vivian (Selam Blair).

A atuação de Reese vale a fita, mas não espere muito de Legalmente Loira. É engraçadinho, mas a lista de adjetivos pára aí. A dica até que poderia ser: passe no cinema após o cabeleireiro.