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Reciclagem de PVC beneficia crianças com deficiência
Bárbara Ladeia
Do Diário do Grande ABC
02/10/2008 | 07:21
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Divulgação


Empresas, instituições e prefeituras do Grande ABC estão unidas em torno da reciclagem do PVC, um dos produtos responsáveis pelo sucesso econômico da região. Dentro de 10 dias, um novo projeto será aprovado oferecendo um fim politicamente correto para os tubos plásticos utilizados na construção civil.

A iniciativa vem do Instituto do PVC, que encontrou, no Mato Grosso, uma terapeuta ocupacional especializada na criação de mobiliários para crianças com deficiência neurotransmissora a partir de tubos e conexões de PVC.

Segundo Edson Carlos, gerente de comunicação e assuntos corporativos da Solvay Indupa, petroquímica de Santo André que também apóia o projeto, Grace Gasparini buscava uma forma de tornar o produto mais acessível. "Estes móveis específicos são caros e famílias de baixa renda não têm acesso", afirma. Segundo o executivo, peças novas do mobiliário adaptado chegam a custar R$ 3.000, enquanto que, com o material reciclado, não passam de R$ 200.

Diante da iniciativa, o Instituto do PVC trouxe a especialista para a região. "Trouxemos a Grace para cá, para que ela desse uma palestra para os profissionais da área", afirma Miguel Bahiense Neto, diretor executivo da organização.

SUCESSO - A boa experiência conduziu instituto e petroquímica a um projeto de cooperativa, que reúne técnicos e pais de crianças portadoras de deficiência para que a fabricação desse mobiliário seja feita em maior escala. No primeiro ano, a Solvay Indupa deverá patrocinar uma nova visita da terapeuta à região e fornecerá, com apoio de parcerias, o material necessário para confecção das peças. "Não queremos assistencialismo. O projeto vai se sustentar sozinho", ressalta Neto.

Segundo o diretor do instituto, o projeto deve ser vinculado a uma universidade da região que possua cursos na área de saúde como Fisioterapia e Terapia Ocupacional. A seleção será feita pelo Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, que também apóia a iniciativa. Embora ainda não fale publicamente sobre o assunto, o consórcio garante que o projeto está em fase de ajustes. Em 10 dias, uma proposta definitiva será apresentada publicamente pelo órgão.

A expectativa é a melhor possível. "A região precisa, o material é acessível e a tecnologia para produção já existe. Agora é aguardar o ajuste e a aprovação do projeto", comemora Edson Carlos.




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