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Presidente do Equador suspende estado de emergência em Quito
Do Diário OnLine
Com AFP
16/04/2005 | 19:34
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O presidente do Equador, Lucio Gutiérrez, suspendeu na noite deste sábado o estado de emergência em Quito e na província de Pichincha, decretado na sexta-feira por causa da onda de protestos contra a dissolução da Suprema Corte de Justiça. A extinção da instância máxima da Justiça do país foi mantida.

Gutiérrez havia limitado os direitos civis e declarado Quito como "zona de segurança". O estado de emergência restringia o direito de circulação e permitia ao presidente adotar medidas especiais para garantir a segurança em determinadas regiões.

Em rede nacional de rádio e TV, Gutiérrez explicou aos equatorianos que a medida foi adotada diante dos crescentes protestos em Quito, motivados pela reestruturação da Suprema Corte, em 8 de dezembro do ano passado.

O estado de emergência justificado pela necessidade de devolver calma e estabilidade à capital, porém, não surtiu o efeito desejado. Neste sábado, as manifestações se multiplicaram na capital equatoriana contra o presidente. Cerca de 5 mil pessoas protagonizaram um 'panelaço' durante a madrugada, sob os gritos de "abaixo o ditador" e "Lucio, fora".

A tensão era grande nos arredores do Palácio de Carondelet, sede do governo, onde 200 soldados e policiais montaram barricadas para conter os manifestantes.

Críticas- Após criticar a decisão de Gutiérrez, o ex-presidente León Febres Cordero (1984-1988) exortou o Legislativo a se reunir o mais rápido possível para "revogar o decreto do estado de emergência, destituir o Supremo e formar imediatamente um novo tribunal". "Esta é a melhor solução para esta crise que envergonha o Equador", afirmou.

Até mesmo o vice-presidente do Equador, o médico Alfredo Palacios, criticou as decisões de Gutiérrez. "Não concordo com o estado de ditadura ao qual está sendo submetido o povo equatoriano, e peço ao presidente Gutiérrez que revogue imediatamente este decreto ditatorial".




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