Crentes no ditado “enquanto há luz, há esperança”, Santos e São Caetano entram em campo neste sábado, às 18h10, na Vila Belmiro, em busca de três pontos valiosos, que podem dar sobrevida no Campeonato Brasileiro. O Peixe corre atrás do líder São Paulo na busca do título, enquanto o Azulão tenta acabar com uma seqüência negativa de 13 jogos sem vitória e a triste realidade do rebaixamento cada vez mais perto.

No papel, a vantagem é enorme. O Santos é o quarto colocado na tabela, com 52 pontos – dobro do Azulão –, oito pontos atrás do líder São Paulo e um jogo a menos que Inter e Grêmio, segundo e terceiro, respectivamente. Além disso, tem a melhor defesa da competição, com 29 gols sofridos. Hoje, a equipe estaria classificada para a Libertadores de 2007. Mas Vanderlei Luxemburgo e seus comandados querem mais: a taça de campeões, mesmo que a vantagem tricolor seja boa faltando oito rodadas para o encerramento.

Do outro lado do campo, um São Caetano com oito desfalques, na 19ª posição, com apenas 26 pontos, e dono do pior ataque: 27 gols, média inferior a um gol por partida. O Azulão não vence desde a saída de Emerson Leão. Paulo César Gusmão, Hélio dos Anjos e Dorival Júnior – que estreou com derrota – não conseguiram conquistar três pontos.

Diante disso, uma pergunta: “Há favorito para o jogo desta tarde?”. O goleiro Mauro, do São Caetano, responde. “Todos estão dizendo que lá na Vila é três pontos a mais para o Santos. Tudo bem. Temos trabalhado duro, mais motivados e com vontade de conquistar essa vitória urgentemente. Acreditamos que ainda há saída contra o rebaixamento”, disse o jogador, que passou cinco anos no Santos – foi campeão brasileiro de 2004.

Para o atacante Wellington Paulista, do Santos, tudo é decidido dentro de campo. “A única vantagem que nós temos é por jogar em casa. Além disso, todo time considerado pequeno corre bem contra o Santos”, afirmou o centroavante, que já marcou sete gols pelo Peixe neste Nacional.

Arbitragem – A escala do apito para o jogo desta tarde gerou polêmica, principalmente do lado do São Caetano, ameaçado pelo rebaixamento. A comissão da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) sorteou o carioca Wagner Tardelli. Curiosamente, ele comandou o último jogo do Peixe, que venceu o Figueirense na Vila Belmiro.

A repetição do árbitro deixou o pessoal do Azulão surpreso e apreensivo. “Nessa altura do campeonato, não dá para entender como isso pode acontecer”, disse o diretor de Futebol do São Caetano, Genivaldo Leal, que depois minimizou o fato. “Não podemos dar importância a isso. Na nossa situação, temos de jogar bola e ganhar do Santos”, completou.