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Ritmo de queda das vendas no varejo diminuiu em setembro
Do Diário OnLine
13/11/2003 | 20:30
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As vendas do comércio varejista continuaram em queda em setembro, porém em menor ritmo, o que indica o início de uma possível recuperação do setor. Na comparação com o mesmo mês de 2002, o volume de vendas ficou negativo em 2,72%, segundo números divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em agosto, a retração havia sido de 5,81%.

Das 27 Unidades da Federação pesquisadas, sete apresentaram resultados mensais positivos — em agosto, apenas duas ficaram no 'azul'. Os destaques foram Piauí (+5,91%), Mato Grosso do Sul (+3,66%) e Santa Catarina (+3,15%). Já as quedas mais significativas foram registradas em São Paulo (-2,68%), Rio de Janeiro (-5,13%), Distrito Federal (-8,40%), Bahia (-3,63%) e Pernambuco (-5,93%).

Pela importância que têm no volume total de vendas, São Paulo e Rio de Janeiro assumiram a condição de 'vilões' do desempenho do setor. As taxas mensais desses Estados responderam por cerca de 65% da queda do varejo brasileiro em setembro.

Ainda sobre São Paulo, todas as atividades pesquisadas pelo IBGE apresentaram resultados negativos na comparação com 2002. No período de janeiro a setembro, as vendas de Hipermercados e Supermercados recuaram 4,28%; Móveis e Eletrodomésticos registraram queda de 10,74%; Combustíveis e Lubrificantes ficaram negativo em 7,67%; Artigos de uso pessoal e doméstico caíram 4,12%; e Tecidos, vestuário e calçados anotaram variação negativa de 2,71%.

Com os números de setembro, a queda das vendas no varejo recuou para 5,18% no acumulado do ano e para 4,25% nos últimos 12 meses.

Destaques - O grupo 'Móveis e Eletrodomésticos' foi o destaque nos resultados de setembro, quando registrou aumento de 6,99% no volume de vendas — após 12 meses de queda. O IBGE atribuiu o resultado positivo à abertura de novas linhas de crédito para financiamento de bens duráveis (como fogão, geladeira e máquina de lavar) e à redução dos juros.

A queda na alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e a maior disponibilidade de recursos para o crédito direto ao consumidor também impulsionaram as vendas do grupo 'Veículos, motos, partes e peças'. Na comparação com o ano passado, o volume comercializado de tais itens evoluiu de
–16,23% (em agosto) para –4,10% (em setembro).




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