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Dívida municipal ultrapassa R$ 1,2 bi
Havolene Valinhos
Do Diário do Grande ABC
21/12/2010 | 08:32
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Nas vésperas de completar dois anos de mandato, o prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT), afirmou que o município sofre atualmente para saldar o conjunto de dívidas, que ultrapassa R$ 1,2 bilhão, e ao mesmo tempo fazer investimentos com recursos próprios.

Segundo o petista, uma parte da dívida foi negociada há dez anos e refere-se a encargos trabalhistas, Eletropaulo, além da canalização do Córrego Corumbé. "Essa é a que leva a maior parte do dinheiro, que é do Fundo de Participação dos Municípios: R$ 2,7 milhões mensais, que deixamos de receber."

O comandante do Paço lembrou dos precatórios. "Pela emenda aprovada era para pagarmos R$ 560 mil por mês, mas o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) está entendendo que tem que pagar em 15 anos. Isso está elevando a dívida de R$ 560 mil para R$ 933 mil ao mês. Esse conjunto de dívidas se aproxima de R$ 5 milhões por mês", calcula o petista.

Por conta disso, todo investimento para melhoria no serviço municipal está amarrado em torno de R$ 60 milhões por ano.

Questionado sobre a dívida específica de restos a pagar que tanto reiterou durante o dois primeiros anos de seu mandato, Oswaldo ponderou que parte dos R$ 217 milhões tende a virar precatório. "Não vamos pagar R$ 150 milhões. Não tem nem como iniciar discussão nesse aspecto. Os outros R$ 70 milhões já estão negociados e dizem respeito a INSS e Eletropaulo."

Diante do quadro nada animador, o chefe do Executivo mauaense confirmou que só serão possíveis investimentos na cidade com o apoio externo - recursos oriundos dos governos estadual e federal - ou receitas geradas pelo próprio município, como a venda de áreas públicas. "Sempre tratamos essa questão. Já fizemos isso no outro mandato. Vendemos terreno para fazer o teatro. Sempre estamos vinculando a venda de áreas à construção de equipamentos, pode ser rodovia, marginal. Não vendemos área para fazer o custeio."

 




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