Três mulheres palestinas foram assassinadas por seus pais em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia, em crimes de defesa da honra. Um dos casos envolveu um cristão que matou a filha por ela ter se casado com um muçulmano.

Em Jabal Mukaber, subúrbio palestino da Jerusalém Oriental anexada, duas irmãs foram mortas pelo pai. "O pai das duas mulheres se entregou à polícia e confessou o assassinato. Uma terceira irmã ficou ferida e está no hospital. Parece que foi um crime para salvar a honra da família", afirmou um porta-voz da polícia.

No sábado, a polícia palestina havia informado o assassinato de uma jovem de 20 anos pelo pai, um cristão palestino, na cidade de Ramallah, Cisjordânia. O homem, que confessou o assassinato, matou a filha por ter se casado com um muçulmano sem o seu consentimento.

Segundo a fonte, o pai furioso teria batido repetidas vezes em sua cabeça com uma barra de ferro, causando traumatismo craniano na jovem. Testemunhas disseram ter corrido para a casa da vítima ao ouvirem os gritos da mulher, mas encontraram seu corpo sobre uma cama, com o crânio partido, e seu pai perto dele, com a barra de ferro na mão.

"Eu restaurei a honra dos cristãos", teria gritado o pai, segundo as testemunhas. Cerca de 5% dos 3,7 milhões de palestinos residentes na Faixa de Gaza e na Cisjordânia são cristãos e raramente se casam com muçulmanos.